HSBC propõe relação madura com dinheiro
Desenvolvida sob liderança da JWT de São Paulo, nova campanha da instituição financeira terá veiculação global
Desenvolvida sob liderança da JWT de São Paulo, nova campanha da instituição financeira terá veiculação global
Felipe Turlao
15 de outubro de 2012 - 12h25
Dinheiro, normalmente, é associado de forma pejorativa pelas pessoas à ganância e às injustiças do capitalismo. A nova campanha global do HSBC pretende quebrar um pouco do tabu e mostrar que é importante falar sobre o assunto. “É uma iniciativa inusitada, porque decidimos falar de algo que geralmente é evitado nas campanhas dos bancos. O dinheiro é o viabilizador de coisas boas e, por isso, é tão importante falar disso”, afirma Renata Petrovic, diretora de marketing do anunciante. O objetivo da ação é divulgar o serviço de gerenciamento de patrimônio para um público maior e não acostumado com o serviço – podem ser geridos patrimônios acima de R$ 100 mil.
O principal comercial, “Pescador”’, que será lançado nesta quarta-feira, 17, mostra o encontro de um executivo e um pescador. Criado pela equipe da JWT brasileira e rodado em Paraty, teve produção da Zohar, com direção de Leila Hipólito e Jake Scott, filho de Ridley Scott e integrante do elenco da inglesa RSA Films, que veio ao Brasil para participar do projeto. A versão que será veiculada no Brasil tem narração de Nelson Motta. “Não foi uma escolha por acaso, porque ele preserva uma imagem de ter relação saudável com o dinheiro”, aponta Renata. A peça mostra um executivo indicando ao pescador que ele deveria pescar e ganhar dinheiro com isso para, um dia, poder exercer a função apenas por lazer. “É uma metáfora sobre o dinheiro e o valor que temos que dar a ele. No final, o pescador pega sua carteira, mostra seu cartão do HSBC e indica que ele já havia feito tudo aquilo que o executivo sugeria”, conta Ricardo John, chief creative officer da JWT Brasil.
Dois dos mercados que devem receber a campanha, com adaptações locais, são Reino Unido e França, bem como México e Argentina, mas nos dois países latinos a veiculação ocorrerá apenas no ano que vem. Hong Kong também deverá ter uma ação similar, mas com o uso de atores locais. A campanha foi criada no Brasil muito por conta do crescimento do poder aquisitivo da população, o que coloca o País como mercado-chave para este tipo de serviço.
No mercado nacional, a estratégia foi precedida por um vídeo manifesto para internet lançado há duas semanas com reflexões sobre o valor do dinheiro. “Ele pode te escravizar e te libertar. Ele abre portas, compra portas, mas não te diz o que fazer lá dentro”, afirma a narração. A peça, que já superou a barreira de 1 milhão de visualizações no YouTube, conclui: “O importante não é ter mais dinheiro, mas saber o que ele pode fazer por você”. A ação tem ainda um aplicativo para Facebook chamado “What’s Money?”, que personaliza o vídeo de acordo com dados do usuário na rede social, como nome e fotos.
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