Globo ameniza reação a filme com Tufão
Depois do duro comunicado oficial, emissora diz agora que VML e Vivo tomaram as devidas providências para resolver a questão
Depois do duro comunicado oficial, emissora diz agora que VML e Vivo tomaram as devidas providências para resolver a questão
Alexandre Zaghi Lemos
17 de outubro de 2012 - 6h15
Depois de divulgar um duríssimo comunicado oficial na quinta-feira 11, no qual classificou como “aética”, “ilegal” e “uma das formas mais baixas de publicidade” (leia mais aqui) a campanha desenvolvida pela VML para a Vivo, em que o ator Murilo Benício fala como o personagem Tufão, da novela Avenida Brasil, a Rede Globo ameniza o mal-estar causado desde a estreia do vídeo, no início da semana passada.
Nesta terça-feira 16, outro pronunciamento oficial trouxe declaração do diretor geral de comercialização da Rede Globo, Willy Haas. Segundo ele, “a agência e o cliente tomaram as devidas providências para resolver a questão, demonstrando compreensão a respeito de nossas políticas”. Haas ressalta ainda que o relacionamento com os envolvidos “continua como sempre foi, de bons parceiros comerciais”.
O problema do vídeo protagonizado por Benício, veiculado na internet sem autorização da Globo, é que a peça infringe uma das regras nas quais se baseia o relacionamento da emissora líder da TV aberta com o mercado publicitário, segundo a qual seus personagens não podem ser usados em ações de marketing. E quem fala no filme não é propriamente Benício, mas sim Tufão – o que fica claro mesmo sem o uso do figurino e dos trejeitos do personagem.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) parece concordar que Tufão é uma propriedade da Rede Globo e não pode ser usado em ações de marketing sem o consentimento da emissora. Tanto que concedeu, na segunda-feira 15, liminar sustando a veiculação do filme da Vivo. O órgão acatou denúncia da Globo feita na quarta-feira 10, questionando a propriedade dos direitos autorais sobre o personagem (leia mais aqui). A decisão definitiva deve sair em 40 dias.
Na semana passada, o pedido público de desculpas de Roberto Justus, CEO do Grupo Newcomm, que controla a VML, e a retirada do vídeo dos canais oficiais da Vivo 18 horas após a estreia não foram suficientes para impedir as duras palavras do comunicado oficial da Globo, distribuído um dia após a entrevista do empresário ao Meio & Mensagem. Na ocasião, Justus reconheceu o erro de sua agência: “Houve uma sucessão de erros que me deixa triste com minha própria empresa. Um grupo com nossa experiência jamais poderia ter entrado em uma roubada como esta. Não deixaremos prejuízo financeiro para nosso cliente. Não podemos ter a leviandade de achar que uma boa ideia não tem limites, pois eles existem quando se pode gerar problemas para o cliente ou quando se vai contra uma regra de um parceiro como a Globo” (leia mais aqui).
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