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Comunicação

Publicis deve anunciar fusão com Omnicom

Terceiro maior grupo da publicidade mundial terá uma coletiva de imprensa neste domingo, 28


27 de julho de 2013 - 7h19

Fusão confirmada: Surge Publicis Omnicom, maior grupo do mundo

Na noite desta sexta-feira, 26, após o fechamento das principais bolsas de valores mundiais, começaram a surgir informações a partir de uma reportagem da Bloomberg News sobre uma surpreendente fusão entre o segundo maior grupo da publicidade mundial, o Omnicom, e o terceiro, o Publicis Groupe. Apesar do rumor que circulou no ano passado de que o Publicis se uniria ao grupo Interpublic não ter se confirmado, a história agora parece ser diferente.

O Publicis anunciou uma conferência de imprensa às 9h (horário de Brasília) deste domingo, 28, com a promessa de “um anúncio corporativo de grande impacto”. A fusão seria, com sobras, a maior negociação da história da publicidade mundial, superando a compra do Aegis pela Dentsu, em março de 2013, por US$ 4,9 bilhões e a compra da Y&R pelo WPP em 2000, por US$ 4,7 bilhões.

Caso o negócio seja de fato anunciado neste domingo, o novo grupo uniria redes como BBDO, DDB, TBWA, Publicis, Saatchi&Saatchi e Leo Burnett.

Os reflexos no Brasil ainda não podem ser mensurados. Enquanto o Omnicom tem se movimentado pouco no País nos últimos anos, o Publicis fez inúmeras aquisições, como AG2, GP7 (atualmente Red Lion), DPZ, Talent, QG e, em sua última investida, a Neogama/BBH, negociação feita junto com a compra de 100% da rede BBH. Havia expectativa de que o Publicis promovesse a fusão de algumas das agências brasileiras. Mas a novidade pode tornar o cenário ainda mais complexo.

O acordo, que precisaria de diversas aprovações de órgãos antitruste, criaria o maior grupo da publicidade mundial, combinando a receita de US$ 14 bilhões do Omnicom com a de US$ 8,5 bilhões do Publicis, totalizando US$ 22,5 bilhões, bem acima dos US$ 16,5 bilhões do atual líder WPP, segundo dados consolidados de 2012. As duas empresas tem valor de mercado próximo a US$ 16 bilhões e sua união criaria um gigante de US$ 32 bilhões.

Não há muitos detalhes sobre o acordo, a não ser informações de alguns veículos internacionais. A principal delas, da Dow Jones, é que a fusão estaria sendo negociada desde fevereiro e é tratada como um acordo “de iguais”. Além disso, os dois CEOs, Maurice Lévy (Publicis) e John Wren (Omnicom) continuariam na nova companhia combinada como co-CEOs.

O Advertising Age, que na noite de sexta-feira havia publicado uma nota em que analistas julgavam que o acordo não faria sentido – posição que acabou revendo após o anúncio da coletiva de imprensa – lembra que um acordo poderá significar mudanças importantes nas estratégias das duas empresas.

Enquanto o Publicis colocou foco nos mercados de rápido crescimento e em digital, o Omnicom tem resistido a isso, e ainda mantém mais da metade de suas receitas nos Estados Unidos, seu mercado de origem.

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Leia também:

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Lévy: “Nova empresa para um novo mundo”

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