Os primeiros passos do Live Marketing
No 1º Congresso do setor, comitê revela plano de atividades para ganhar representatividade no mercado
No 1º Congresso do setor, comitê revela plano de atividades para ganhar representatividade no mercado
Meio & Mensagem
29 de julho de 2013 - 3h49
A Ampro (Associação de Marketing Promocional) iniciou nesta segunda-feira, 29, os trabalhos do 1º Congresso de Live Marketing, que reúne agências promocionais, anunciantes e veículos.
Na abertura do evento, Kito Mansano, presidente da Ampro, falou sobre a valorização da categoria. Em seguida, o Comitê Live Marketing, presidido por Marcel Sacco, CEO e sócio da Holding Clube, promoveu um debate que contou com as presenças de Roberta Medina, do Rock in Rio, Rafael Davini, diretor geral do Terra e Renato Meirelles, do Data Popular.
Roberta contou como o Rock In Rio vem trabalhando o live marketing desde o primeiro evento, em 1985. Embora as ferramentas para atingir o público tenham mudado, a preocupação com a experiência das pessoas com as marcas já estava presente há 28 anos. “No primeiro Rock in Rio, a economia estava em outro momento e o ticket médio para a entrada estava em torno de US$ 12 dólares. Como o valor era baixo, mesmo que o festival atraísse um público de milhões, ele ainda não se pagava. A partir desse problema surgiu a ideia de usar o festival como uma ferramenta de comunicação para as marcas”, conta.
Para ela, a premissa básica do live marketing é tocar as pessoas, o que deixa a atividade muito mais complexa do ponto de vista dos riscos envolvidos, como acidentes, entre outros fatores.
Para Davini, do Terra, um dos principais papéis do live marketing é conseguir uma maneira de chamar a atenção das pessoas, algo que, segundo ele, é um bem escasso nos dias de hoje. “As pessoas estão conectadas o tempo todo e para que você toque uma pessoa, é preciso que ela goste do seu conteúdo e da experiência da marca”.
Além disso, conta, é possível dar continuidade a uma conversa iniciada em um evento ou uma apresentação por meio do celular e das redes sociais. Ele lembrou o case do Planeta Terra, que realiza um evento por ano, entretanto, continua se comunicando com os fãs nos meses que antecedem o grande dia, e ainda nos meses seguintes.
“Nesse contexto, conhecer bem o consumidor é fundamental”, argumenta Meirelles, do Data Popular. Ele levou ao debate exemplos que mostram que há um vasto campo a ser explorado pelas marcas entre as pessoas das classes C e D. “Existe o funk ostentação, que muitos de nós nem imaginamos, mas são funkeiros que reúnem em um show cerca de 3 a 4 mil pessoas e fazem até cinco shows em um dia. Que marca está se aproveitando desses eventos?”, questiona.
Ele também citou uma ação da P&G em parceria com a CUFA (Central Única de Favelas) que levou Gisele Bündchen a uma comunidade para um concurso de beleza. Para ele, saber das necessidades e expectativas de um grupo de pessoas é a chave de sucesso para quem quer realizar uma experiência de sucesso no marketing ao vivo.
Recomendações do grupo
Ao final do debate, Sacco chamou a atenção para as reuniões da comissão de Live Marketing que antecederam o Congresso e contaram com as presenças de Maurício Magalhães, da Agência Tudo; Marcello Salles Gomes, do Grupo Meio & Mensagem; Fernand Albieri, da Agência Super; Fernando Guntovich, da The Group e Cássio Motta Mello, do Grupo TV1.
Entre as proposições do grupo, Sacco especificou o que para ele seriam os pontos de partida para a construção do conceito do marketing promocional como uma categoria fortalecida e consolidada. “Partimos do princípio que o live marketing é uma ferramenta estratégica e que não pode ser feita por qualquer um”, diz.
O comitê entende que é uma atividade complexa e muito sintonizada com a sociedade da informação, capaz de tocar uma pessoa, ou um milhão. Por isso, Sacco chamou a atenção para os riscos que envolvem uma experiência ao vivo. “Potencializamos efeitos impactando milhões de pessoas e esses riscos não são mensuráveis”, explica. Para ele, assim como a atividade da publicidade tradicional, o live marketing também foca nos objetivos do cliente e cumpre a missão de gerar valor e resultados para as marcas.
O comitê traçou um plano de ação para conquistar os diversos públicos que fomentam o setor: agências, imprensa e mercado em geral. O primeiro passo é ter uma atuação setorial frente a entidades como ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes) e Abap (Associação Brasileira de Propaganda), além de se conectar aos três grandes grupos que compõem o mercado de agências: Grupo de Atendimento, Criação e de Mídia. A entidade também visa estar mais próxima da imprensa, com encontros pontuais sobre o setor. Já o mercado como um todo será impactado diretamente por uma agenda de eventos. Além disso, está prevista uma aproximação com os estudantes universitários, para que conheçam e sejam os novos protagonistas do setor.
O 1º Congresso de Live Marketing acontece nos dias 29 e 30 de julho, em São Paulo.
Leia mais sobre o 1º Congresso de Live Marketing:
Live marketing quer relações sustentáveis
Promocionais querem mais planejamento
Aprovação de promoções será digital
O Cirque du Soleil e o live marketing
Ampro mira tributos, promoções e segurança
Marcas, sensações e pessoas
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