O que o circo e o live marketing têm em comum
Diretor técnico da companhia canadense apresenta mecanismos para tocar as pessoas
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Meio & Mensagem
30 de julho de 2013 - 11h09
O 1º Congresso de Live Marketing trouxe como convidado especial o diretor técnico do Cirque du Soleil Patrick Flynn. Em sua apresentação, ele destacou alguns caminhos que o circo percorreu para se manter criativo, desafio constante para os profissionais do setor de marketing promocional.
Apesar de atuar no ramo do entretenimento, o Cirque du Soleil é uma marca, precisa de cuidados em sua comunicação e muita inovação. Sua história teve início em 1984 na província de Quebéc, no Canadá. Na ocasião, 73 artistas começaram um projeto de colaboração para que a magia circense não fosse esquecida. “O mundo do circo estava morrendo por falta de inovação“, disse Flynn. Segundo ele, os meios que passaram a se tornar tradicionais – televisão e cinema – estavam engolindo os espetáculos dentro da lona.
Quase 30 anos depois, a trupe conta com 5 mil colaboradores espalhados por todos os continentes, sendo 1,3 mil artistas que encantam mais de 15 milhões de pessoas por ano no mundo. São mais de 100 posições de trabalho diferentes dentro da companhia e, desde 1992, o Cirque não recebe nenhuma ajuda de leis de incentivo à cultura.
Mais de 10 espetáculos estão em cartaz, somando os itinerantes, que percorrem os países e os fixos apresentados na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos.
Mas como o circo, uma atividade centenária, conseguiu resistir ao tempo, a tecnologia e se reinventar? A resposta, de acordo com Flynn, é inovação. Mesmo atributo que agências e marcas estão buscando para se diferenciar. “Acolhemos desafios criativos com excelência, valorizamos as melhores ideias sem dar importância para sua procedência. Cultivamos a qualidade dos espetáculos, sempre nos preocupando com a evolução“, explica.
Os desafios superados pelo Cirque são semelhantes aos da marcas atualmente e a receita de sucesso encontrada pela companhia também pode ser aplicada por agências e anunciantes.
Flynn citou como exemplo um projeto que têm dado muito certo em algumas metrópoles por onde o circo passa. “Antigamente, quando o circo chegava em algumas cidades, eles levavam os animais e os artistas às ruas. Hoje em dia, alugamos um ônibus de turismo paramos em pontos estratégicos e nossos artistas fazem algumas performances. Claro que o número de pessoas impactadas naquele momento será reduzido, entretanto, essas pessoas tiram fotos, fazem vídeos e compartilham em suas redes sociais, multiplicando o nosso alcance“, destaca.
Para ele, essa alternativa veio de uma necessidade da companhia em atingir mais público, já que comerciais e anúncios impressos não estavam impactando um número suficiente de pessoas.
O trabalho criativo do Cirque, rendeu uma parceria com a agência Sid Lee, em Amsterdam, na Holanda. Além disso, a companhia serve de plataforma para marcas que queiram chamar a atenção do público. Um dos exemplos, foi o lançamento do Kinnect Xbox, o evento do Super Bowl 2012, e ainda a intervenção nas ruas que os artistas do Cirque fizeram na Cidade do México, para a marca Trident.
Sem dúvida, o legado deixado pelo Cirque du Soleil sobreviverá por muitas gerações. No entanto, segundo Flynn, a companhia já se preocupa com a próxima geração de colaboradores. Assim, envia curadores para todos os continentes em busca de talentos criativos.
O 1º Congresso de Live Marketing realizado pela Ampro, acontece até esta terça-feira, 30, no WTC, em São Paulo.
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