Morre Duda Mendonça, aos 77 anos
Profissional iniciou carreira na publicidade, fundou a DM9 e se notabilizou no marketing político, em campanhas vitoriosas como a de Lula à presidência, em 2002
Profissional iniciou carreira na publicidade, fundou a DM9 e se notabilizou no marketing político, em campanhas vitoriosas como a de Lula à presidência, em 2002
Meio & Mensagem
16 de agosto de 2021 - 9h29
Atualizada às 13h47
Hospitalizado em São Paulo para tratamento de um câncer no cérebro, morreu nesta segunda-feira, 16, o publicitário Duda Mendonça, aos 77 anos.
Com carreira na publicidade, foi no marketing político que Duda Mendonça se notabilizou. Entre outras, no Brasil e no exterior, ele coordenou a comunicação nas campanhas vitoriosas de Lula à presidência, em 2002, e de Paulo Maluf à Prefeitura de São Paulo, em 1992.
Foi o marketing político que lhe deu também o maior revés de sua carreira, após envolvimento no escândalo do mensalão. Em 2005, na CPI dos Correios, admitiu ter recebido recursos de caixa dois em contas no exterior como pagamento pelos serviços prestados à campanha eleitoral de 2002. Em 2012, Duda acabou absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.
Nascido em Salvador, em 10 de agosto de 1944, Duda Mendonça criou uma das principais marcas da publicidade brasileira. Em 1975, na capital baiana, ele nomeou com suas iniciais a DM9. Em 1989, a empresa foi comprada por Nizan Guanaes e Guga Valente, que tiveram o banco Icatu como financiador da empreitada e transferiram a sede da DM9 para São Paulo e fizeram uma associação internacional com a rede DDB. No fim de 2018, após 43 anos de mercado, a marca DM9 deixou de ser usada após a incorporação da DM9DDB pela Sunset, na SunsetDDB.
Em seu perfil no Instagram, Nizan Guanaes fez uma publicação a respeito de sua relação e do trabalho de Duda Mendonça. “Eu comecei a minha carreira como estagiário do Duda Mendonça. E ele me ensinou a falar com o povão, o que sabia fazer como ninguém. Cunhou frases que fazem parte da cultura do Brasil e que viraram expressão popular, como: não basta ser pai, tem que participar”, escreveu Nizan.
O slogan citado por ele, “Não basta ser pai, tem que participar”, surgiu em 1984, em uma campanha da DM9 para Gelol. O filme de estreia, em tom emocional, foi dirigido pelo próprio Duda, mas foi, na verdade, havia sido pensado originalmente para outro cliente: a Ótica Ernesto, da Bahia. Finalmente assinado pela Gelol, marca então fabricada pela DM Farmacêutica, o comercial ganhou Leão de Bronze no Festival de Cannes.
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