Kellogg investirá US$ 100 milhões em startups
Com a Eighteen94 Capital, fabricante de cereais busca se aproximar de ideias e tendências inovadoras
Kellogg investirá US$ 100 milhões em startups
BuscarKellogg investirá US$ 100 milhões em startups
BuscarCom a Eighteen94 Capital, fabricante de cereais busca se aproximar de ideias e tendências inovadoras
(*) Por Jessica Wohl, do Advertising Age
A Kellogg está pronta para apoiar pequenas empresas da indústria alimentícia que buscam financiamento para crescer, enquanto busca novas formas de aumentar suas próprias vendas e lucros.
A fabricante de cereais anunciou na segunda-feira, 20, o lançamento do Eighteen94 Capital, fundo que fará investimentos minoritários em empresas inovadoras, permitindo assim um melhor acesso da companhia a ideias quentes e tendências. O nome faz referência ao ano em que os irmãos W.K. e John Harvey Kellogg acidentalmente descobriram como fazer cereal em flocos, posteriormente, levando à criação de seus famosos Corn Flakes e outros cereais.
“O investimento inclui startups que estão se destacando na criação de novos ingredientes, alimentos, embalagens e tecnologias”, afirmou a Kellogg em um comunicado, acrescentando que planeja fazer US$ 100 milhões em investimentos.
O movimento acontece no momento em que fabricantes tradicionais de alimentos processados enfrentam a pressão contínua de startups mais ágeis. Ao mesmo tempo, os cereais, em particular, estão passando por dificuldades em permanecer relevantes para alguns consumidores que preferem tomar um copo de iogurte ou parar em um restaurante para um sanduíche.
A Kellogg é a mais nova fabricante de bens de consumo pretendendo financiar startups menores. Mas outros players já têm buscado publicamente por novas ideias, como a General Mills, que tem a 301 INC, unidade que trabalha com parcerias com marcas de produtos alimentícios emergentes, e a Campbell Soup, que anunciou uma contribuição de US$ 125 milhões para apoiar a Acre Venture Partners no início de 2016.
“Enquanto as preferências dos consumidores miram gostos e tendências cada vez mais diversos, o ritmo da inovação na indústria de alimentos processados continua se intensificando”, disse o vice-presidente da Kellogg, Gary Pilnick, em comunicado. “Ao investir diretamente nos empreendedores e empreendimentos mais promissores, podemos aumentar muito nosso acesso a ideias e tendências inovadoras que podem se tornar fontes importantes de crescimento para nós”.
A iniciativa será liderada pelo diretor-geral Simon Burton, que recentemente era o vice-presidente de investimentos da Kellogg. Touchdown Ventures, que trabalha com capital de risco corporativo, ajudará na gestão do fundo.
Para as startups, conectar-se com uma grande empresa como a Kellogg pode dar financiamento necessário, bem como acesso a conhecimentos e recursos da indústria que são difíceis de encontrar por conta própria. A Kellogg afirmou que gostaria de trabalhar com empresas em fase inicial que geraram receitas.
Há muito tempo que a Kellogg olha para fora da empresa para o crescimento. A companhia comprou a Kashi, em 2000 e, doze anos depois, acrescentou a Pringles ao seu portfólio, quando fez uma grande aposta em snacks. Ainda assim, o portfólio da empresa poderia contar com mais energia. Vendas e lucro caíram novamente no primeiro trimestre, após declínio no ano anterior.
Tradução: Amanda Boucault
Compartilhe
Veja também
Os desafios das marcas da Zamp em 2025
Vice-presidente de marketing, Igor Puga analisa os principais pontos que a empresa trabalhará para Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no próximo ano
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor