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Amazon sai do armário

Por novo serviço de guarda-roupa, consumidor poderá solicitar roupas, experimentar e devolver caso não queira os artigos ou se as peças não servirem


23 de junho de 2017 - 16h48

Consumidor pode pedir até 15 itens e não pagará pelo transporte de envio, nem de retorno (C´redito: Reprodução)

Comprar roupas online talvez seja um dos maiores empecilhos para o consumidor. Quer dizer, principalmente para a consumidora, dado que os modelos, cores e cortes são muito mais diversificados no guarda-roupa feminino do que no masculino. O luxo de experimentar roupas em casa era algo reservado a lojas de luxo (algo como a extinta Daslu de São Paulo). Mas, para a maioria das pessoas que já passou pela experiência de comprar no site AliExpress (do chinês Alibaba), só tem uma coisa pior do que a demora de entrega: o fato do artigo ter um tamanho completamente diverso da padronagem brasileira, por exemplo. Bem, pelo menos para a Amazon, se forem somente esses os empecilhos, seus problemas acabaram: a onipresente empresa de Jeff Bezos acaba de lançar o Prime Wardrobe, que permite que o consumidor experimente as roupas antes de, efetivamente, comprá-las.

Do pedido à devolução, caso não goste, o cliente tem sete dias, com transporte gratuito de envio e de retorno. O consumidor pode escolher os itens que comporão a caixa (veja detalhes no vídeo abaixo) e ainda terá desconto de 10% se escolher dois ou três itens e de 20% de quatro itens para cima. Um diferencial é que a caixa com roupas pode ser pedida a qualquer tempo, sem assinatura mensal ou obrigatoriedade de frequência. O limite é a quantidade de itens pedidos por vez: 15 peças, entre roupas e acessórios.

Incursão da Amazon no setor de vestuário deve causar impacto em redes como a Macy´s e o Walmart (Crédito: Reprodução)

Mas, nem todas as roupas disponíveis na Amazon são elegíveis ao Prime Wardrobe. Os itens que puderem ser devolvidos terão uma tarja especial (são mais de um milhão, segundo o vídeo). O serviço Wardrobe, por ora, estará disponível nos Estados Unidos para os membros Prime da Amazon e é uma ofensiva da empresa sobre grandes redes do varejo norte-americano como Macy´s e Walmart. A Cowen & Co prevê que a participação da Amazon nos Estados Unidos no segmento de vestuário subirá dos 6,6% atuais para 16,2% até 2021.

O Amazon Prime Wardrobre está em fase beta (de testes), mas aceita normalmente as inscrições de consumidores interessados na chegada definitiva do serviço. Conforme dados de abril deste ano, 80 milhões de norte-americanos são associados ao serviço Prime da Amazon. A assinatura do Prime é de US$ 99/ano e dá acesso a filmes, programas de TV, podcasts e produções originais da Amazon (que é o serviço Amazon Prime Video, já disponível no Brasil).

https://youtu.be/EIQh0O3wOdM

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