BRF inicia a busca por um novo CMO
Abilio Diniz, presidente do conselho, comenta substituição de Pedro Navio, que deixa a empresa após 9 meses; busca pelo CEO também está em curso
Abilio Diniz, presidente do conselho, comenta substituição de Pedro Navio, que deixa a empresa após 9 meses; busca pelo CEO também está em curso
Luiz Gustavo Pacete
13 de novembro de 2017 - 7h56
A BRF iniciou o processo de busca pelo seu novo Chief Marketing Officer (CMO). Desde março deste ano, o cargo era ocupado por Pedro Navio, ex-CEO da Red Bull.
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Conforme Meio & Mensagem apurou, Navio se desligou da companhia na semana passada. A escolha do novo CMO, segundo Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da BRF, será feita em um ambiente de tranquilidade.
A declaração foi feita na última sexta-feira, 10, em teleconferência com analistas. Abilio tratou do tema quando foi questionado sobre outro importante processo de sucessão dentro da companhia, a escolha de um novo CEO. “Somos um colegiado e estamos absolutamente engajados. Queremos tranquilidade para trabalhar e apresentar resultados”, disse. Os investidores têm pressionado a empresa na escolha do novo CEO já que Pedro Faria deixa o cargo em dezembro.
BRF em busca de um novo CEO
Em relação à área de marketing, a BRF realizou outras mudanças na última semana. Rodrigo Lacerda, ex-CMO da Itambé, assumiu a diretoria da área na segunda-feira, 6. Ele ocupa a vaga que era de Cecilia Mondino que deixou a empresa.
A BRF não possuía a figura de um CMO até a chegada de Navio. Em fevereiro de 2016, um ano após ocupar a função de general manager da BRF, Flavia Faugeres, que também era vice-presidente de marketing e inovação da companhia, deixou a empresa. Suas atribuições foram distribuídas em várias áreas: Rafael Ivanisk ficou responsável por vendas e marketing e Leonardo Byrro passou a cuidar de planejamento e distribuição.
Navio deixou a Red Bull em dezembro do ano passado onde acumulava os cargos de CEO no Brasil e head para a América Latina. Antes de a chegada do executivo ao cargo ser oficializada, ele passou dois mesespor um processo de imersão na empresa. Além de executivo, Navio também é investidor. Sua holding, a Play Capital, tem entre as empresas “investidas” a Pic-Me, de alimentação saudável, a Torcedores.com e a PiniOn, de pesquisas digitais.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, assim que saiu da Red Bull, Navio comentou sua decisão de deixar a empresa. “O motivo foi a necessidade de ter experiências de gestão em outros mercados”, disse.
Navio assumiu o marketing da BRF em um dos momentos mais desafiadores para a companhia que, na época, vivia o reflexo da Operação Carne Fraca e já havia colocado em curso um processo de reestruturação diante de resultados não satisfatórios aos acionistas. Em março, a empresa anunciou a criação de um grupo certificador de qualidade para “reatestar a adesão da companhia aos padrões internacionais de qualidade”.
Atualmente, a BRF vem sendo cobrada por melhores resultados. Em 2016, o prejuízo da empresa foi de R$ 372 milhões, o primeiro de sua história. De janeiro a junho deste ano, a perda acumulada ficou em R$ 448 milhões. O balanço divulgado na última semana, no entanto, registrou um lucro de R$ 137,6 milhões no terceiro trimestre.
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