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Vital Strategies inaugura escritório no Brasil

Com o objetivo de diminuir mortes evitáveis, organização pretende melhorar o trânsito das grandes cidades e focar na luta contra as grandes empresas tabagistas


5 de agosto de 2019 - 11h34

Luiza Amorim, gerente de comunicação da Vital Strategies no Brasil (Crédito: Renata  Teixeira/divulgação)

A Vital Strategies inaugurou o seu primeiro escritório no Brasil. Localizado no centro da capital paulista, a instituição tem como objetivo diminuir o número de mortes evitáveis dentro do País. Para isso, atua em três pilares: evidências sobre saúde pública; fortalecimento institucional; e comunicação estratégica. Entre as questões em que atua estão controle de tabagismo, prevenção à obesidade, consumo de alimentos ultra processados e melhoria da qualidade do ar.

Além de um projeto voltado para doenças crônicas não transmissíveis, a Vital possui iniciativas no Brasil na área de segurança de trânsito. Nessa seara, por meio da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito, já desenvolveu projetos em parceria com as prefeituras de São Paulo e Fortaleza.

Na capital cearense, mudanças simples como ampliação de espaço para pedestres e ciclistas, junto com campanhas massivas de segurança, culminaram em uma redução de 40% nas mortes no trânsito desde o início do trabalho, em 2015.

“São ações incríveis, simples e baratas. Um número impressionante é que havia anualmente 12 mil internações de lesionados por acidentes de trânsito em Fortaleza em 2013. No ano passado, foram 6 mil”, afirma Luiza Amorim, gerente de comunicação da Vital no Brasil.

Para 2019 estão previstas pelo menos três campanhas de interesse público voltadas para mudança de comportamento e apoio a políticas de saúde. Um dos focos da organização, aponta Luiza, é a discussão sobre os novos produtos da indústria tabagista, como cigarros eletrônicos e tabaco aquecido. Para diminuir a disseminação desses produtos, a Vital lançou a campanha Quit Big Tobacco.

“Nela, incentivamos empresas e agencias a não trabalharem com essas indústrias, porque o marketing é muito pesado para os jovens, inclusive com influenciadores”, afirma Luiza. Entre os grupos que apoiam a medida estão CP+B e Edelman, ambas no âmbito global. Abrir mão desse tipo de contrato, explica Luiza, pode valer o risco. “É uma questão de propósito e reputação. As agências e seus funcionários querem ter um impacto positivo, e se comprometer agrega muito valor a isso”.

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