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McDonald’s compra startup para automatizar drive-thru

Rede está testando o atendimento realizado por máquinas em algumas lojas nos EUA, mas quer que a tecnologia seja aplicada globalmente


10 de setembro de 2019 - 16h36

Do Advertising Age

Com a substituição de funcionários por máquinas, McDonald’s prevê menos filas no drive-thru (Crédito: Divulgação)

Em um futuro próximo, quem passar de carro por um drive-thru do McDonald’s não fará mais o pedido a um funcionário. A rede acaba de adquirir a startup Apprente, desenvolvedora de uma tecnologia de reconhecimento de voz, com o intuito de instalar uma máquina que intermediará a comunicação dos clientes e da cozinha do restaurante.

Algumas lojas de Chicago já estão testando o sistema com o acompanhamento de funcionários. Com a ajuda da Apprente, que tem menos de 20 funcionários, o McDonald’s quer diminuir a fila de automóveis no drive-thru e fazer com que os pedidos sejam processados de forma mais acurada. A empresa também está considerando o lançamento de apps para a realização de pedidos.

Esta é a terceira aquisição tecnológica do McDonald’s em seis meses. No começo do ano, comprou a Dynamic por US$ 300 milhões para ajudar os varejistas a coletar dados dos consumidores com mais precisão. Em abril, adquiriu ação minoritária na Plexure Group, desenvolvedora de apps. “Acreditamos que estamos no estágio certo para construir nossa capacidade e ter uma presença maior no Vale do Silício”, afirma Steve Easterbrook, CEO da companhia.

Nos EUA, as redes de fast-food estão em meio a um momento de concorrência intensa. Embora muitas cadeias tenham atingido resultados de venda robustos nos últimos meses, muito deste crescimento veio de preços mais altos e novas locações em vez de aumento de tráfego. No último trimestre, o McDonald’s reportou alta de 6,5% em vendas, o melhor resultado da rede em sete anos.

A tecnologia da Apprente consegue assimilar a fala em tom de conversa, como por exemplo quando o consumidor pede um hambúrguer sem molho e sem cebola. Hoje, o drive-thru corresponde a 70% do negócio da companhia. De acordo com Easterbrook, a tecnologia da startup terá impacto positivo sobre mais da metade dos consumidores da rede nos EUA.

A companhia deve aplicar inteligência da Apprente em outros mercados em um futuro próximo. Por enquanto, está verificando se a máquina consegue compreender sotaques diferentes, como o britânico e o australiano, mas Easterbrook já vislumbra a ferramenta como uma “solução global”.

Crédito da imagem no topo: Divulgação

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