E-commerce cresce além do esperado, aponta Ebit Nielsen
Comércio eletrônico avança 16,3% em 2019 e registra faturamento de R$ 61,9 bilhões no Brasil
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Amanda Schnaider
21 de fevereiro de 2020 - 16h11
Cada vez mais o comércio eletrônico vem caindo no gosto dos brasileiros. De acordo com a Ebit | Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, em 2019 o e-commerce cresceu 16,3% em relação a 2018, com faturamento de R$ 61,9 bilhões frente a R$ 53,2 bilhões.
A expectativa de crescimento do setor em 2019 era de 15%, segundo projeção do Webshoppers 40, estudo sobre comércio eletrônico brasileiro realizado pela empresa. Porém, Roberto Butragueño, diretor de atendimento ao varejo e e-commerce da Nielsen Brasil, avalia que ela foi maior do que o esperado devido a recuperação da economia brasileira no segundo semestre e a maior quantidade de produtos disponíveis. “O grande sortimento de produtos, principalmente em marketplaces, abriu a possibilidade para os consumidores adquirirem itens que antes não estavam disponíveis online. Ou seja, hoje eles contam com mais opções de compra e têm mais facilidade de encontrar esses produtos”, completa.
Além do faturamento, o número de pedidos foi maior do que o do ano anterior, totalizando 148,4 milhões de compras contra 122,7 milhões. Entretanto, o valor médio do ticket caiu 3,9% em relação a 2018, indo de R$ 434 para R$ 417. Roberto atribui a queda a entrada de produtos de menor valor no segmento de compras online. “Mesmo com uma inflação um pouco acima de 4%, a continuidade da entrada de produtos de menor valor, principalmente das categorias de cosméticos, saúde, moda, casa & decoração, fizeram com que o ano de 2019 fechasse com um crescimento no volume de pedidos acima de 20%”, pontua o diretor.Impulsionando o crescimento
Em 2018, as categorias de cosméticos e perfumaria e moda foram as duas que mais cresceram em número de pedidos e as que trouxeram mais consumidores para as plataformas de compra online. Segundo Roberto, em 2019 moda & acessórios voltaram à liderança no ranking de pedidos, seguido por perfumaria & cosméticos / saúde. “Essas duas categorias têm um impacto muito grande devido às redes sociais, pois essas plataformas têm impulsionado as vendas de itens de ambos mercados”, completa, reforçando que as duas categorias trazem novos consumidores online e podem ser porta de entrada para o e-commerce.
A empresa de mensuração e análise de dados destacou, ainda, que o crescimento do e-commerce brasileiro deve se manter em 2020, com expectativa de faturamento de R$ 74 bilhões. Segundo a Ebit Nielsen a alta contínua será impulsionada pela entrada de novos players, principalmente do setor de alimentos e bebidas. “Hoje quase metade dos internautas já realizaram uma compra online, então podemos considerar que o e-commerce já é uma uma realidade para o brasileiro, mas ainda tem muito a ser desenvolvido”, comenta Roberto.
Segundo o diretor, a facilidade de comprar por meio de dispositivos móveis deve continuar crescente, aumentando o volume de compras via internet. “Outro ponto a ser destacado é o aumento de aplicativos de lojas de e-commerce do varejo, que apostam em campanha para atingir o consumidor praticamente de maneira mais rápida do que era praticado antes”, complementa.
Para discutir sobre o fechamento de 2019 e acompanhar as tendências de 2020, em abril será lançada o Webshoppers 41, que também abordará o cross border, compras em sites internacionais. Além disso, acontecerá o Prêmio Ebit | Nielsen, que reconhece as lojas online que se destacaram no decorrer do ano anterior, considerando critérios técnicos e votação popular.
Acompanhe com o Meio & Mensagem as tendências do e-commerce que estão impactando o mercado brasileiro.
**Crédito da imagem no topo: Reprodução
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