Crise eleva venda de itens essenciais e derruba beleza
Papel higiênico e produtos de limpeza tiveram crescimento, enquanto cosméticos registraram queda na quarentena, indica Nielsen
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Por Jack Neff, do AdAge
Os dados mais recentes da Nielsen sobre a comercialização de bens de consumo indicaram resultados que, provavelmente, não serão mais vistos. Com a crise causada pelo novo coronavírus, itens básicos despontaram nas vendas, enquanto marcas do setor de beleza registraram queda no seu desempenho.
E-commerce cresce em meio à pandemia
De acordo com a Nielsen e a Evercore ISI, a “compra de pânico” chegou ao topo na semana do dia 15 de março. A venda de produtos essenciais continuou acima da média na semana seguinte, mas não tão extrema quanto o registrado anteriormente. Na liderança das empresas que se deram bem no período está a Kimberly-Clark, puxada pelas marcas de papel higiênico Scott e Cottonelle, com crescimento de 160% na semana do dia 15 e de 92% na semana seguinte.
Outras empresas que despontaram no período foram Reckitt Benckiser, fabricante do produto de limpeza Lysol e do expectorante Mucinex, com alta de 148% e 95%, respectivamente, para as duas semanas avaliadas; Clorox, que registrou alta de 125% e 91%; Procter & Gamble, com 109% e 68%, com marcas como Charmin e Pampers; Colgate-Palmolive, 90% e 80%; e a multinacional KraftHeinz, uma das poucas a crescer ainda mais na segunda semana, com 75% e 86%.
Enquanto isso, marcas do setor de beleza estão sofrendo com o fato de que menos pessoas precisam se arrumar para sair ou ir para o trabalho. Segundo o estudo, as vendas da L’Oréal caíram 10% na semana do dia 22 após crescerem 9% na semana anterior. A fabricante de cosméticos Coty teve queda de 9% e 17%, respectivamente, nas semanas avaliadas.Nesse momento, os avanços se referem a ganhos de curto prazo. Profissionais de marketing das empresas envolvidas estão buscando não parecer oportunistas, mesmo com vendedores terceirizados elevando seus preços online enquanto podem. As companhias também precisaram aumentar a produção e a entrega para encher as prateleiras das lojas durante a crise, sabendo que as vendas devem despencar nas próximas semanas com o fim das compras por pânico e as dificuldades econômicas dos consumidores.
Além disso, todas as empresas citadas acima intensificaram suas doações para caridade, algumas mudando sua produção para fabricar higienizadores para as mãos, máscaras e outros equipamentos médicos.
*Tradução: Taís Farias
**Crédito da foto no topo: Nuthawut Somsuk/ iStock
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