Estudo da ESPM Rio destaca positivamente Magalu
Pesquisa, que ouviu entrevistados no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, também revelou Madero como a marca mais criticada; comportamentos na pandemia também foram avaliados
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Teresa Levin
26 de maio de 2020 - 6h00
A Magalu foi apontada como uma marca que é lembrada de forma positiva durante a pandemia da Covid-19. O dado é de um estudo promovido pela ESPM Rio para entender os sentimentos e as expectativas das pessoas em relação ao isolamento social e ao cenário atual. A pesquisa quantitativa online foi feita com 300 participantes, sendo quase 85% do Rio de Janeiro, e o restante de São Paulo e Brasília. Ela mostrou ainda que, como marca associada negativamente a este momento, está a rede Madero, de hambúrgueres; no início da pandemia, seu fundador Junior Dursk afirmou em um vídeo que a economia não poderia parar, ainda que mortes ocorressem. A influenciadora Gabriela Pugliesi, que quebrou a quarentena, também foi citada por alguns entrevistados de forma negativa.
Além de avaliar a relação com marcas, o estudo também levantou questões comportamentais. Segundo Karine Karam, pesquisadora do think thank cRio da ESPM, núcleo responsável pela pesquisa, o isolamento social transferiu o consumo da rua para casa e a desaceleração do consumo gerou um nível de consciência maior. “O comportamento do consumidor está mais racional, alterando suas percepções sobre marcas, pessoas, sentimentos”, observa a pesquisadora. Ela acrescenta ainda que o o consumidor reverencia empresas que desempenham um papel cada vez mais presente nas questões que envolvem a sociedade, caso da Magalu, que logo no início da pandemia anunciou medidas para reduzir os impactos causados pela covid-19, preservando funcionários, clientes e a sustentabilidade dos negócios.O relaxamento do isolamento social, que tem sido registrado em algumas capitais nos últimos dias, não reflete a atitude da maioria dos que participaram do estudo: 55,6% dos entrevistados disseram só sair de casa quando é necessário ir ao supermercado e 22,5% afirmaram não sair para nada. Compras online foram realizadas pelo menos uma vez por 45% dos entrevistados durante o isolamento sendo que, desse total, 70% compraram produtos para melhorar o conforto da casa, com destaque para máquinas de lavar louça e itens relacionados ao trabalho ou estudo, como fones de ouvidos, teclados e impressoras. Sobre a sociedade que surgirá após a pandemia, 43% apontaram que passarão a comprar menos e 42% acreditam que vão economizar mais daqui para a frente. A maioria também citou que vai ficar mais tempo com a família, cuidar da saúde e ter uma vida mais simples.
Confira abaixo outros destaques:
O impacto na vida profissional e na receita mensal
56% disseram ter baixo impacto
24% disseram ter médio impacto
20% disseram ter afetado muito
Home-office
44% estão trabalhando em casa por decisão da empresa
10% estão trabalhando em casa por decisão própria
9% estão impossibilitados de trabalhar
83% dizem que vão aderir ao home-office com mais frequência após o isolamento
Convivência com pessoas em casa
41% estão lidando da mesma forma
34% disseram estar mais unidos do que nunca
Consumo de bebida alcoólica
30% estão bebendo menos
28% não bebem
24% estão bebendo a mesma quantidade
18% estão bebendo mais
Qualidade do sono
33% estão dormindo mais
30% estão dormindo menos
Prática de atividades físicas
42% não estão praticando
32% estão praticando menos
12% estão praticando igual
8% estão praticando mais
6% praticam quase sempre
Pontos positivos do isolamento
53% disseram ter mais tempo com a família
42% disseram ter mais tempo para pensar na vida
42% estão curtindo mais a casa
41% citaram perder menos tempo no trânsito
37% estão arrumando mais a casa
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