93% dos negros esperam posicionamento sobre racismo
Estudo do Estudio Nina, com 253 pessoas negras, mostra que a maioria espera que marcas se pronunciem, mas 15% têm ressalvas quanto a essa postura
93% dos negros esperam posicionamento sobre racismo
Buscar93% dos negros esperam posicionamento sobre racismo
BuscarEstudo do Estudio Nina, com 253 pessoas negras, mostra que a maioria espera que marcas se pronunciem, mas 15% têm ressalvas quanto a essa postura
O papel das marcas e das empresas na luta antirracista vem sendo mais discutido na sociedade e no meio corporativo, depois da onda de protestos contra o racismo que aconteceram ao redor do mundo em maio e junho. Um novo estudo realizado pelo Estudio Nina, empresas de pesquisa com foco no público negro, em parceria com a startup de pesquisa online On The Go, mostra que a maioria das pessoas negras espera que marcas se posicionem sobre o racismo.
A pesquisa online “As marcas e a luta antirracista” consultou em junho 256 negros de todas as faixas etárias e regiões do Brasil. Ao todo, 93% são a favor de que marcas se posicionem sobre a luta antirracista, e apenas 7% declaram que são contra posicionamentos das marcas sobre o tema. Considerando a amostra total, 34% ainda consideram esse posicionamento fundamental, mas outros 15% têm ressalvas quanto ao posicionamento das empresas.
Participantes destacaram três motivos principais para o posicionamento das marcas: porque o racismo é inaceitável, e portanto marcas não devem se calar; porque o tema é uma luta de todos, incluindo das empresas, e porque marcas têm influência sobre as pessoas e por isso deveriam colaborar para a conscientização sobre o tema.
Os entrevistados também ressaltaram maneiras pelas quais marcas podem atuar contra o racismo. Mais da metade, 51%, destacaram a importância de desinvisibilizar o tema ao reconhecê-lo, além de promover o debate e assumir a responsabilidade sobre a conscientização.
Ainda, para 32% dos respondentes, todas as marcas podem se posicionar sobre o racismo, e uma minoria, 6%, acreditam que nenhuma marca deve se posicionar. Quando questionados sobre se há marcas que não devem se posicionar sobre o tema, 48% dos participantes afirmaram que não há nenhuma marca que, a priori, não possa se posicionar.
Na parte qualitativa, o estudo também consultou participantes sobre os cuidados que marcas devem ter ao abordar a causa, e a maioria ressaltou atitudes como evitar o oportunismo, ir além do discurso e ações pontuais, e valorizar a união de todas as pessoas na luta antirracista.
Compartilhe
Veja também
Banco do Brasil recria faces de personalidades negras
Instituição financeira utilizou IA para recriar as faces de Maria Felipa, Tereza de Benguela e Luiza Mahin que eram retratadas sem rosto
São Silvestre atrai marcas para 2024 e já prepara a 100ª edição
Tradicional corrida de rua bate recorde de participação de marcas neste ano e já prepara as celebrações dos 100 anos, que serão celebrados em 2025