Operadora virtual aposta em torcidas e fãs para gerar negócios
Dry Company, que atua no licenciamento de marcas para MVNOs, acredita que as ofertas segmentadas e nichadas trazem vantagens às empresas e usuários
Operadora virtual aposta em torcidas e fãs para gerar negócios
BuscarOperadora virtual aposta em torcidas e fãs para gerar negócios
BuscarDry Company, que atua no licenciamento de marcas para MVNOs, acredita que as ofertas segmentadas e nichadas trazem vantagens às empresas e usuários
Bárbara Sacchitiello
5 de janeiro de 2021 - 6h00
(Crédito: Reprodução)
Em dezembro, os torcedores do Palmeiras passaram a ter como opção uma operadora de telefonia do próprio clube. Com o nome de Alô Verdão, o serviço oferece um chip personalizado com as cores do clube e planos individuais e familiares. Para os membros do programa de sócio-torcedor do Palmeiras, há 50% de desconto nas recargas nos primeiros meses de uso.
Antes do Palmeiras, outros clubes de futebol já haviam apresentado aos seus torcedores a possibilidade da operadora de celular própria. O São Paulo Futebol Clube lançou seu chip em julho de 2019. Na sequência, clubes como Santos, Fluminense, Botafogo, Ceará, Cruzeiro e Sport também aderiram à iniciativa. Por trás do negócio está a Dry Company, empresa de licenciamento de marcas para MVNOs (sigla em inglês de Operadora Móvel Virtual), que vê nos nichos de esportes, entretenimento e celebridades, a possibilidade de alavancar receitas e agregar pessoas interessadas nas mesmas áreas.
Oferecer um chip próprio para os membros de uma torcida representa a oportunidade de criar uma base de pessoas interessadas em consumir os mesmos conteúdos e negócios – e que, por fazerem parte desse grupo, teriam vantagens e acesso a promoções que outras pessoas fora desse ‘clube’ não possuem, na visão de Tatiane Perez, CEO da Dry Company.
A empresa começou a procurar os clubes de futebol para apresentar o modelo de negócio em 2019. “Começamos pelo São Paulo e, assim que a operadora foi lançada, outros clubes nos procuraram por gostar da ideia e por perceberam que aquilo era uma forma de se aproximar e de se comunicar com sua torcida”, relembra a empresária.
As operadoras virtuais dos clubes funcionam no sistema pré-pago. Os usuários/torcedores que adquirem o plano recebem o chip e optam por planos com determinados valores mensais, que são usados para ligações e acesso à internet. A vantagem, segundo Tatiane, é que, por não ter a infraestrutura de uma grande operadora, as MVNOs podem praticar ofertas mais atrativas aos consumidores.
Os clubes de futebol recebem royalties pelas vendas dos chips e dos planos e podem, a partir da base de usuários, criar programas de vantagens, fazer ações de comunicação e marketing para fortalecer o ecossistema da torcida. “É a oportunidade de criar uma segmentação com pessoas interessadas em um mesmo tipo de assunto e conteúdo”, reforça Tatiane.
Rede de supermercados Barbosa também oferece seu chip aos clientes (Crédito: Reprodução)
Outros nichos
Além das torcidas de futebol, a Dry Company vê a oportunidade de personalizar as operadoras de telefonia em vários outros universos. A cantora e atriz Larissa Manoela, por exemplo, já têm um chip para chamar de seu, licenciado pela empresa. Com o nome de Lari Cel, a operadora virtual é direcionada aos fãs e admiradores da atriz e os planos e vantagens serão revelados em breve. Outros famosos também devem ganhar a sua operadora virtual nos próximos meses, de acordo com Tatiane.
A empresa também já fechou acordo com redes de varejo como Barbosa Supermercados e VestCasa, que oferecem aos seus clientes a possibilidade de uma operadora de telefonia própria. Além de ampliar as parcerias nesses setores de esportes, celebridades e varejo, a Dry Company também vê oportunidades em ações com ONGs e empresas dedicadas à ações em comunidades, em que as operadoras possam oferecer algum tipo de vantagem aos moradores, além do barateamento do uso da telefonia.
“Agora em janeiro anunciaremos as operadoras de Internacional e Grêmio e, ao longo dos próximos meses, teremos novidades de outros grandes clubes e de artistas”, promete a CEO. Segundo ela, o advento da tecnologia 5G e a resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de novembro de 2020, que permitiu que as operadoras virtuais utilizem a rede de mais de uma operadora, abrem um caminho promissor para os negócios das MVNOs. “Em 2021 teremos uma grande revolução com o 5G e, com ela, uma grande possibilidade de inovação no mercado”, celebra.
Compartilhe
Veja também
Dançar Marketing: unindo a cultura com a experiência de marca
Em entrevista, Adriana Marchetti, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da companhia, destaca tendências do mercado de marketing cultural no Brasil
Ram se torna patrocinadora da NFL no Brasil
Marca estará presente nas ações da liga no País em 2025 e do jogo da temporada regular que acontece em São Paulo neste ano