Como funciona o fast food robotizado do Aeroporto de Guarulhos
Bionicook serve lanches preparados na hora em combos com bebidas.; empresa brasileira prevê expansão para outras regiões do País em cinco anos
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Giovana Oréfice
4 de maio de 2021 - 12h53
Lanches preparados por um robô sem nenhum tipo de interferência humana: esse cenário, ideal para refeições no período de pandemia, já é uma realidade. O Bionicook, que prepara lanches na hora, chega ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para oferecer ao público um serviço rápido e automatizado. Apesar do projeto ser recente, a ideia é antiga. Trabalhando no modelo há oito anos, o administrador gaúcho Fábio Rezler – atual CEO da Bionicook – viu na ideia uma forma de mudar sua carreira no setor automotivo e investir em um negócio com capacidade de expansão e aplicação mundial.
Com inspiração a partir de viagens ao exterior, Rezler desenvolveu o software do Bionicook sozinho, buscando um produto que preparasse alimentos de forma limpa, segura e padronizada. O CEO conta que para chegar ao projeto ideal, foram feitos diversos testes. O resultado final é uma máquina inteligente que oferece petiscos rápidos como coxinhas, pastéis, quibes, nuggets e iscas de frango. “Fizemos um processo em que o robô pudesse preparar um lanche sem tocar no produto”, comenta. “Os produtos estão dentro da máquina congelados a menos de vinte graus e ele [o robô] faz um processo de fritura por imersão a cento e oitenta graus”, explica. Ao todo, são 15 opções de bebidas e 18 de petiscos oferecidos pelo projeto robotizado.
Uma vez que a máquina foi adaptada para atender à proposta com um alimento de peso e formato padronizados, a empresa pôde fazer a validação de produtos e partiu em busca de fornecedores. Atualmente, o principal parceiro do Bionicook é a Sky Chef de Guarulhos, empresa especializada em catering para o segmento da aviação. Para a linha de empanados, Rezler informa que a companhia está fechando parceria com a Seara. “São grandes marcas com as quais estamos criando uma relação mais próxima, inclusive agora, para explorar melhor alguns outros produtos dentro do próprio equipamento”, declara o CEO.
Ainda que a primeira unidade do fast food robotizado tenha sido instalada em um aeroporto, o plano inicial era estabelecer relacionamentos com locais como shoppings, universidades e hospitais, onde o fluxo de pessoas também é grande. Os planos foram interrompidos com a chegada da pandemia e o aeroporto – um dos maiores do País – foi uma das alternativas encontradas. Apesar disso, a empresa está otimista quanto à retomada econômica para pôr em prática os planos de expansão.
O futuro do Bionicook já tem caminhos traçados. Segundo Fábio Rezler, a companhia já fechou contrato para atuar em cinco estações de metrô em São Paulo em julho. Além disso, o presidente afirma que a pretensão é contar com trezentas unidades do robô por todo o Brasil em um prazo de cinco anos. Os produtos e valores são flexíveis e deverão variar de acordo com o público dos locais nos quais o Bionicook estiver presente.
Compromisso social
Visando cooperar com o meio ambiente, a Bionicook oferece aos consumidores embalagens decoradas com proposta de reuso. A partir de um QR code, os clientes podem escaneá-lo e realizar um cadastro. A cada dez caixas compradas, é possível receber em casa um sachê com sementes de árvores nativas, que podem ser germinadas nas próprias embalagens e depois transferidas para qualquer outro espaço.
A empresa ainda tem ações voltadas ao mercado de trabalho. “É muito comum que as pessoas liguem a robótica e a tecnologia ao desemprego. Parece que existe uma coisa que é automática, mas é completamente o inverso”, declara Rezler. Para incentivar a capacitação profissional, a Bionicook oferece nos cupons fiscais de compra dos alimentos um cupom de 50% de desconto para a realização de cursos profissionalizantes online na plataforma Edupass. “A ideia é dizer pro consumidor que ele não tem que se preocupar com o robô, mas sim com o seu currículo e com a carreira”, conclui.
*Crédito da imagem do topo: Divulgação
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