Black Friday 2021: faturamento cresce 5,6%
Segundo Neotrust, data promocional arrecadou R$ 5,4 bilhões; apesar de crescimento, performance não foi como o esperado
Segundo Neotrust, data promocional arrecadou R$ 5,4 bilhões; apesar de crescimento, performance não foi como o esperado
29 de novembro de 2021 - 12h28
*Atualizada às 18h09
A Black Friday, que ocorreu na sexta-feira, 26, era uma das principais expectativas para o varejo em um cenário de recuperação econômica. O faturamento, de acordo com levantamento da Neotrust, atingiu a marca de R$ 5,4 bilhões — o que representa um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram monitoradas 48h de compras, que tiveram início à meia noite da quinta-feira, 25, e foram até 23h59 do dia seguinte, totalizando 7,6 milhões de transações.
Ainda que o comércio tenha registrado aumento, o valor total não corresponde às projeções, conforme explica Paulina Gonçalves Dias, head de inteligência da Neotrust. A executiva indica que a performance foi menor do que a de quinta-feira, que registrou crescimento de 10%. Já na quantidade de pedidos, na sexta-feira, a Neotrust identificou 5,2 milhões de pedidos, 2,4% menos do que em 2020. Além disso, o ticket médio do brasileiro foi de R$ 711,38, diminuição de 12%.
As categorias que mais tiveram destaque foram: moda e acessórios, em primeiro lugar; beleza e perfumaria, telefonia, eletro-portáteis — segmento que entrou no ranking pela primeira vez –, e eletrodomésticos, respectivamente. O destaque em eletro-portáteis vai para a compra de fritadeiras e aspiradores de pó, enquanto o desconto maior em moda e acessórios pôde ser observado em calçados femininos, e o menor em moda masculina. No que diz respeito à beleza e perfumaria, as melhores ofertas ocorreram em itens para o corpo e as piores em itens de barbearia.
O Sudeste foi o líder em participação do e-commerce em 2021, seguido pelo Nordeste (16%), Sul (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (2%). De acordo com pesquisa realizada pela Conversion, por meio da ferramenta SimilarWeb, as visitas em lojas virtuais cresceram 42,24% na semana da Black Friday, comparada aos sete dias anteriores. A empresa acompanhou o tráfego dos principais sites de e-commerce no Brasil entre 20 e 26 de novembro.
Ainda conforme mostra a análise da Neotrust, a faixa etária dos 26 aos 35 anos foi a que mais realizou compras (35%). Entre 36 e 50 anos o registro foi de 34%. Os menores índices foram registrados entre a amostragem de até 25 anos (17%) e do grupo com mais de 51 anos (14%).
A vez dos marketplaces
Muitos dos maiores players que atuaram nesta Black Friday são considerados marketplaces. Neste âmbito, a startup Magis5 observou um aumento de 30% em comparação com a última edição da data. O resultado foi obtido com base em aproximadamente 170 mil pedidos em cerca de quatro mil contas nos principais marketplaces do hub. Mesmo com o aumento, o ticket médio diminuiu: passou de R$ 92,45 em 2020, para R$ 82,22 em 2021 — queda de 13%.
Os principais nomes dessa Black Friday em termos de faturamento, no levantamento da Magis5, foram o Mercado Livre (29,35%), a Amazon (27,69%) e a Shopee (20%). Esta última assumiu a liderança do ranking de volume de pedidos, com 67,24%. Em seguida, aparecem o Mercado Livre (12,33%) e a Americanas Marketplace (5,27%). É importante ressaltar que o resultado não leva em consideração as vendas full que são entregues pelo Mercado Livre.
Entre os setores que registraram maior volume de vendas está casa e decoração em primeiro lugar, com 30%. Segundo e terceiro lugares foram ocupados por moda (8%) e informática (7,93%), respectivamente. Em termos de localização, São Paulo foi responsável por 36% dos pedidos realizados, Minas Gerais por 15,95% e o Rio de Janeiro por 12%.
Ainda, para medir o destaque das marcas na imprensa e nas redes sociais durante o período, a Cortex preparou, pelo segundo ano consecutivo, um ranking baseado no monitoramento de menções de influenciadores no Instagram, Facebook, Twitter e Youtube, além de veículos de comunicação de cobertura nacional, especializada e regional, durante 10 dias.
Líder de vendas em volumes de pedidos, a Shoppee aparece em primeiro lugar com o índice em 1, valor máximo. Segundo a Cortex, essa é a estreia da marca em relação à reputação e se deve, em grande parte, à forte estratégia de publicidade em TV aberta, com a cantora e atriz Larissa Manoela como porta-voz, além de ações nas redes sociais com influenciadores de diferentes clusters. Na sequência está o iFood (0,72), Casas Bahia (0,7), Apple e C&A (ambos com 0,66).
Em termos de alcance orgânico, a Amazon aparece em primeiro lugar, desbancando a Magalu que passa a ocupar a quarta posição. O ranking segue com Lojas Americanas e Mercado Livre.
*Crédito da imagem do topo: MiniStocker/shutterstock
Compartilhe
Veja também
Vtex compra Newtail e avança no retail media
Gabriel Monteiro, Rafael Amorim e Diego Bona, fundadores da Newtail, continuarão na empresa atuando ao lado de João Werner, líder da área de mídia de varejo na Vtex
Firehouse Subs chega ao Brasil com planos ambiciosos e liderança de Iuri Miranda
Ex-CEO da Zamp é sócio da marca que está sendo trazida ao País pela Restaurant Brands International