Qual é a relação entre a Black Friday e a Copa do Mundo para o consumo?
Pesquisa da Nielsen mostra intenção de compra do público que pretende acompanhar o evento esportivo e destaca estratégias de comunicação para o período
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15 de setembro de 2022 - 10h48
O final do ano se aproxima e, com ele, algumas das datas mais importantes para o varejo. Neste ano, o chamado “super trimestre” conta com uma nova protagonista que vem ditando certas tendências de consumo: a Copa do Mundo. Com início em 20 de novembro, o maior evento esportivo do mundo tem reflexos bastante importantes no Brasil.
Pesquisa realizada pela Nielsen ao lado da Toluna apontou que 65% dos consumidores se interessam por futebol. Ao todo, foram ouvidos 2 mil brasileiros que usam a internet, entre homens e mulheres. Dessa amostra, 65,5% dos que pretendem comprar produtos na Black Friday são fãs de futebol, enquanto 87% dos que costumam realizar compras admiram o esporte.
O planejamento já começa a entrar no radar dos consumidores. Mais da metade (54%) afirmam que começarão a juntar dinheiro para adquirir produtos durante o dia de descontos; 56% dos que poupam recebem entre 2 e 4 salários mínimos mensais.
De todo o público entrevistado 62% já têm o hábito de comprar na Black Friday – dentro deste grupo, 58% desses estão na faixa etária dos 25 aos 44 anos. Além disso, 53% são mulheres. O levantamento chama a atenção para o fato de que 3 a cada 5 mulheres pretendem comprar roupas e acessórios na data mais importante para o varejo.
Casimiro e Vivo se unem pela Copa do Mundo
Entre as categorias que mais se destacam nas intenções, o que chama a atenção é o ticket médio mais alto. Eletrodomésticos (59%), celular ou tablet (57%) e moda (56%) compõem o top 3 dos desejos dos clientes. Os eletroeletrônicos voltam a aparecer na quarta e quinta posição, com notebook ou computador pessoal e videogame ranqueando com 38% e 23% das pretensões de compra, respectivamente. Neste sentido, é importante ressaltar que os brasileiros entre 18-24 anos são maioria (60%) na busca por tablets e celulares na data.
Apenas 6% dos respondentes disseram não pretender comprar em nenhuma categoria durante a Black Friday, e só 12% não deverão assistir aos jogos da Copa.
Um ponto ressaltado pela Nielsen é a maneira que a intenção de compra varia entre mulheres e homens. Eletrodomésticos ganham em disparada para mulheres (61% contra 44% para homens. O mesmo acontece com vestuário e celulares e tablets (61% versus 41%, e 54% contra 49%).
De acordo com a consultoria, alguns resultados apontam para um sinal de maturidade dos brasileiros, uma vez que parecem esperar a Black Friday para trocar produtos e realizar demais desejos materiais. 50% das pessoas pretendem fazer compras para se preparar para a Copa, independentemente da categoria. Assim, 3 em cada 10 indivíduos declaram decidir o que comprar na hora e, deste grupo, 83% dizem gostar muito da Black Friday.
Mirando na diversidade e inclusão, a pesquisa mostra que 86% dos respondentes pertencentes à comunidade LGBTQIA+ irão acompanhar a Copa do Mundo. Também, 88% das pessoas pretas pretendem ver o evento.
Com a intenção do consumo em alta, é preciso captar a atenção do consumidor. Pensando em como a publicidade pode ser usada durante os jogos, a Nielsen constatou que 68% do público estaria disposto a participar de ativações em publicidade, entre elas promoções com cupons (75%), descontos por QR code (55%) e acesso antecipado a produtos (40%), por exemplo.
Contudo, também se mostra necessário buscar impactar pessoas em outro momento, agir na conexão da mensagem com o contexto da Copa do Mundo e valores do esporte, conforme sugere a empresa. 32% dos respondentes não participariam de ativações e 56% dizem não prestar atenção em propagandas. Os motivos são diversos, entre eles a falta de atratividade da publicidade (22%) e a forma como anúncios atrapalham a experiência (18%).
Ao nomear marcas, a Nielsen delineou as empresas Top of Mind do consumidor quando o assunto é Black Friday. Lojas Americanas aparece em primeiro lugar com 22%, seguida do Magalu com 17% e Amazon e Samsung com 10% e Casas Bahia com 8%. Apesar do período aquecer a lembrança de marca, este é resultado de um trabalho feito ao longo do ano. Além disso, recomenda-se que as empresas antecipem a definição de estratégias para as datas de compra de final de ano.
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