Como a Natura & Co quer aproximar mulheres da política
Grupo lança projeto Voto Consciente, com conteúdo e websérie que visam simplificar assuntos como eleições, democracia e escolha dos representantes da sociedade
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Bárbara Sacchitiello
15 de setembro de 2022 - 18h09
A Natura & Co. aproveitou este 15 de setembro, data em que é celebrado o Dia Internacional da Democracia, para anunciar um projeto que visa ampliar a conscientização e educação de seu universo de consultoras, parcerias e representantes a respeito da política.
A ideia do projeto, chamado Voto Consciente, surgiu a partir da percepção da distância existente entre o assunto e o universo de consultoras e representantes das marcas da Natura & Co. (Natura, Avon e The Body Shop). A companhia, portanto, achou que era importante aproveitar esse período eleitoral para assumir o papel de educadora em relação a assuntos, que algumas vezes, ficam distantes de boa parte das pessoas, sobretudo das mulheres.
Nesta primeira etapa, o projeto terá conteúdos, feitos em linguagem didática e acessível, que procuram aproximar o tema da política ao cotidiano das mulheres, que compõem a maior parte das consultoras da empresa. Para o Voto Consciente, a companhia fez parceria com os doutores em ciência política Graziella Testa e Humberto Dantas.
Um dos conteúdos elaborados pela Natura & Co. para esse projeto é uma websérie que reúne quatro consultoras da companhia, que desempenham papeis de liderança em suas comunidades e dia a dia, para falar sobre política de forma simples, com o intuito de mostrar que o tema está mais próximo das pessoas do que, muitas vezes, o linguajar mais rebuscado dos candidatos pode insinuar.
Ao longo dos episódios, que serão publicados nas redes sociais da companhia, as consultoras contam um pouco de suas vidas e conversam com Graziella Testa sobre democracia, a importância da representatividade e os impactos das escolhas das urnas para a vida da sociedade como um todo. Assista ao primeiro episódio:
Para marcar o lançamento do projeto, a Natura & Co promoveu um debate em sua sede, em São Paulo, com a presença da influenciadora e apresentadora do GNT, Luana Xavier; da advogada, comentarista e apresentadora da CNN Brasil, Gabriela Prioli; da doutora em ciência política e professora, Graziella Testa e da cientista política e diretora executiva da Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade, Mônica Sodré.
O grupo debateu as razões que afastam boa parte das pessoas, sobretudo as mulheres, das conversas a discussões sobre política. Para Gabriela Priolli, a construção social de que política, assim como futebol e religião, são temas que não podem ser debatidos, acaba afastando as pessoas de se aprofundarem no assunte. “Política, assim como religião e futebol, são assuntos que despertam paixões e, portanto, geram conflitos. E as pessoas, sobretudo as mulheres, têm tendência a se afastar de discordâncias e de situações que possam gerar conflitos. O que acaba sendo algo errado porque, diferentemente de futebol e religião, que são assuntos de caráter pessoal, a política é algo que acaba afetando a vida de todo mundo, inclusive de quem não discute esse assunto”, pontuou a apresentadora.
A cientistas política Mônica Sodré elogiou a proposta da Natura & Co. de levar esse tema ao dia a dia das pessoas e ressaltou que a política deveria ser ensinada nas escolas, no processo de formação dos cidadãos. “Lembro até hoje de conceitos que aprendi sobre biologia, mas não sabia, por exemplo, mas só fui aprender sobre a diferença entre as atribuições de um deputado e de um senador quando iniciei a faculdade. O ambiente das escolas, infelizmente, ainda não nos prepara para escolher as pessoas que farão as escolhas por nós”, disse.
Segundo as convidadas, estudar sobre as funções e atribuições dos deputados, senadores, presidente e outros ocupantes de cargos públicos é fundamental para que as pessoas entendam que essas pessoas têm a missão de representar a sociedade e, portanto, devem ser escolhidas com consciência e cautela. “Discutir política, muitas vezes, é chato, mas não há outra saída. Duramente muito tempo, a maioria das pessoas foi excluída do processo formal de eleição, por não terem direito a votar e, mesmo depois de terem conquistado esse direito, seguem excluídas por causa da linguagem e dos termos que não fazem parte do nosso dia a dia. Isso só faz com que o poder seja mantido nas mãos de um grupo muito seleto de pessoas quando, na voto, o poder do voto, o maior poder, é das pessoas, de todos nós”, completou Priolli.
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