Intenção de compra na Black chega a 71%, aponta Google
Consumidores devem priorizar qualidade e a Copa do Mundo vai impulsionar categorias relacionadas, como alimentos e bebidas, produtos esportivos e eletroportáteis
Intenção de compra na Black chega a 71%, aponta Google
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Taís Farias
29 de setembro de 2022 - 17h26
Nesta quinta-feira, 29, o Google realizou o evento Black Friday Connections Store, em que apresenta para os seus parceiros do varejo dados sobre o comportamento de consumo e as tendências para a Black Friday. De fato, a sazonalidade vai encontrar um contexto atípico. Além do período eleitoral, pela primeira vez, a Black acontecerá junto a uma Copa do Mundo.
O cenário macroeconômico também soma em complexidade. Em maio, segundo dados Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), chegou a 30% o percentual de comprometimento médio da renda familiar dos brasileiros com dívidas.
O que o brasileiro vai comprar na Black Friday?
Apesar disso, os números são positivos. De acordo com a pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Google, 71% do público pretende comprar na Black Friday. O número representa um crescimento de 29% na comparação com o ano passado. O aumento foi puxado pela classe C que registrou um aumento de 32% na intenção de compra.
O número de categorias em que os consumidores pretendem comprar também cresceu. Se no ano passado a média era de 4,2, agora, já são cinco categorias. Roupas e acessórios está no topo do ranking de intenção (47%), seguida por livros e itens de papelaria (43%), calçados (38%), celulares (36%) e eletroportáteis (33%).
Consumidor valoriza qualidade dos produtos
“Fazer melhores escolhas, em um momento desafiador, passa por comprar mais barato mas principalmente comprar com qualidade”, explica Gleidys Salvanha, diretora de negócios para varejo do Google Brasil. Com menos dinheiro à disposição, o consumidor não tem a chance de errar e esse comportamento estará presente nas compras da Black Friday, segundo a big tech.
A tendência está expressa nas buscas. Entre abril e julho de 2020, início da pandemia da Covid-19, as buscas por produtos das categorias de varejo associadas a palavra “barato” eram 53% maiores do que as relacionadas ao termo “melhor”. Hoje, esse número se inverteu. As pesquisas por “melhor” já são 27% maiores que por “barato”.
Além da qualidade, o Google acredita na força da compra como recompensa em 2022. De acordo com a análise, 89% dos entrevistados dizem que vão comprar algo para si durante as promoções. “O consumidor não quer abandonar esses itens não essenciais”, aponta Gleidys. E a Black Friday, por conta das ofertas, se apresenta como uma chance para acessar esses produtos, mesmo em tempos de restrição.
Como a Copa do Mundo vai afetar a Black Friday 2022?
Outra grande apreensão do mercado varejista é como a Copa vai impactar o desempenho da Black Friday. O primeiro jogo da seleção brasileira acontece, inclusive, na quinta-feira que precede o início tradicional das promoções.
Segundo a análise do Google, não há motivos para a preocupação. Ainda que exista uma queda nas compras, durante o horário dos jogos, esse volume é superado no dia seguinte. Além disso, existe o dado de que a taxa média de cliques na plataforma aumenta quando há jogo. “Vai ser uma Black ainda mais mobile”, afirma Fernanda Bromfman, líder de commerce em GCS – Google Customer Solutions.
A big tech chama atenção para a intensão de compra por produtos relacionados como bebidas, alimentos, produtos esportivos, moda e eletroportáteis, que devem ser potencializados pela fusão entre Copa e Black Friday.
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