Os próximos passos da Dafiti
Loja de calçados online planeja construir um novo centro de distribuição de 25 mil metros quadrados em Jundiaí (SP)
Loja de calçados online planeja construir um novo centro de distribuição de 25 mil metros quadrados em Jundiaí (SP)
Janaina Langsdorff
6 de julho de 2012 - 8h30
A Dafiti começou a vender sapatos pela internet em janeiro de 2011 e pouco mais de um ano depois já desponta como um dos expoentes mais emblemáticos do varejo online de moda do Brasil. O próximo passo da empresa é a construção de um novo centro de distribuição com uma área de 25 mil metros quadrados. A previsão é que o complexo comece a operar entre 2013 e 2014 em Jundiaí (SP), cidade que já abriga a primeira unidade de estocagem da marca, com sete mil metros quadrados.
A necessidade de ampliar a capacidade de armazenamento evidencia o ritmo acelerado de crescimento da marca, que tem entre 65% a 70% do seu faturamento gerado pelos calçados. O restante vem das áreas de acessórios, categoria que passou a fazer parte do negócio em abril, e de vestuário, que estreou em julho como uma das principais apostas da Dafiti para liderar a expansão da empresa nos próximos anos.
“Queremos transformar a Dafiti em sinônimo de comércio eletrônico de moda no Brasil. Já conseguimos essa projeção com os sapatos e agora trabalhamos para alcançar a mesma imagem também no setor de vestuário”, comenta o alemão Malte Huffmann, responsável pela área de marketing da Dafiti. Huffmann fundou o negócio o lado de outros três sócios, o brasileiro Philipp Povel, o francês Thibaud Lecuyer e o conterrâneo Malte Horeyseck.
Com um total de 56 mil produtos e mais de 500 marcas, a Dafiti registrou cerca de 31 milhões de acessos e 17 milhões de visitantes únicos no último mês de maio. A taxa de conversão é mantida em segredo, assim como o faturamento, mas estimativas do mercado apontam para um valor próximo de R$ 400 milhões em 2011. A marca já está presente também na Argentina, Chile, Colômbia e México. “A prioridade agora é para consolidar a operação nesses países e depois estudar a entrada em novos mercados da América Latina”, diz Huffmann.
A Dafiti soma um aporte no valor de € 40 milhões no Brasil, investimento capitaneado pela incubadora alemã Rocket Internet, um fundo criado em 2007 por três irmãos – Marc, Oliver e Alexander Samwer – que se especializaram em replicar negócios bem-sucedidos internacionalmente. A própria Dafiti, por exemplo, foi inspirada na Zappos, a maior loja online de roupas e calçados do mundo, comprada pela Amazon em 2009. Uma das investidoras do Groupon, o maior site de compras coletivas do mundo, a Rocket ganhou fama pela sua estrutura enxuta, ágil e voltada para crescimento.
“Sempre montamos um negócio com foco em grandes resultados”, afirma Huffmann, que mostra otimismo com o mercado brasileiro, motor para uma rápida expansão das empresas de internet. Os números do mercado não deixam dúvidas. De acordo com dados da Bain & Company, as vendas do varejo on-line devem passar de US$ 9,8 bilhões em 2011 para US$ 22 bilhões em 2016 no Brasil, com taxas expressivas de expansão especialmente no segmento de vestuário. Já a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) projeta uma alta de 4,5% no faturamento da indústria nacional de calçados em 2012, para R$ 22,73 bilhões.
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