Apple é a mais valiosa de 2013
Marca desbancou a Coca-Cola pela primeira vez na história do estudo Best Global Brands; Google aparece em segundo lugar
Marca desbancou a Coca-Cola pela primeira vez na história do estudo Best Global Brands; Google aparece em segundo lugar
Meio & Mensagem
30 de setembro de 2013 - 9h00
O setor de tecnologia conseguiu tirar a Coca-Cola do trono no Best Global Brands, ranking da Interbrand que avalia as 100 marcas mais valiosas do mundo. A Coca ocupava a primeira posição desde que o ranking foi criado no ano 2000, mas em 2013 caiu para a terceira posição, atrás da Apple e do Google.
O valor total das 100 marcas que compõem a lista é de US$ 1,5 trilhão, 8,4% superior ao valor registrado no relatório de 2012.
A Apple também está no ranking desde o ano de sua criação, mas em 2000, ocupava a 36ª posição e tinha valor de marca de US$ 6,6 bilhões. Hoje, é de US$ 98,3 bilhões, quase dezoito vezes maior. A façanha é atribuída à experiência multicanal que a companhia dirigida por Tim Cook propicia e pelo fato de a Apple manter o consumidor como motivo de tudo que faz, sendo capaz de antecipar seus desejos e buscar novos desafios em design e performance.
Jez Frampton, CEO global da Interbrand, afirmou que Tim Cook conseguiu reunir uma sólida equipe de liderança e manter intacta a visão de Steve Jobs, o que permitiu à Apple continuar entregando suas promessas de inovação.
Estreias
Discovery, Chevrolet e Duracell estrearam este ano no ranking, respectivamente, na 70ª, 79ª e 85ª posições. O canal Discovery está disponível em 217 países e atingiu mais de 1,3 bilhão de assinantes fora dos EUA. Desde que David Zaslav, assumiu como CEO, há seis anos, a empresa saiu de rendimentos totais de US$ 720 milhões para US$ 721 milhões somente com a parte internacional do negócio.
A Duracell, marca da P&G, tinha saído do ranking em 2010 e retornou este ano por responder por 25% do mercado global de baterias e ser lembrada como uma das marcas líderes da P&G. A Chevrolet, por sua vez, responde por 70% das vendas da General Motors. Este ano, alinhou engenharia, design e operações de varejo sob uma única visão e plataforma de comunicação: “Find new roads”.
Em alta
O Facebook está na 52ª posição na Best Global Brands, mas foi a marca que mais se valorizou (43%). A empresa aumentou receita e lucro por ação em 2012 e elevou em 26% sua base de usuários. Em mobile, a rede social também cresceu 51% e a publicidade em mídias sociais é metade dela concentrada em dispositivos móveis. A nomeação do ex-Google Gary Briggs como executivo-chefe de marketing e a compra do Instagram são apontados pela Interbrand como fatores que devem manter o ótimo desempenho do Facebook.
O Google, aliás, foi a segunda marca que mais se valorizou, 34%, por conta de mudanças no sistema de busca, Android e Gmail, além de produtos como o Google Glass e o carro que dispensa motorista.
A chiquíssima Prada, que está em 72º lugar na lista, foi a terceira que mais se valorizou – 30%. A explicação é a eficiência em honrar sua herança italiana ao mesmo tempo equilibrando-a com inovação e projetos de ponta. O engajamento dos consumidores também tem sido garantido com o mix de ofertas nos mundos físico e digital e pela ação da Fundação Prada às Artes.
Apple e Amazon aparecem, na quarta e quinta colocações no quesito crescimento, com índices respectivos de 28% e 27%. A primeira conseguiu resistir aos escândalos do uso de mão-de-obra semi-escrava na Foxconn e às disputas de patente com a Samsung. Isso porque continuou antecipando os desejos de seus consumidores e só o “think different” a fará manter o posto. Por fim, a Amazon, 19ª colocada no ranking, se diferencia dos concorrentes por serviços como a Amazon Appstore, para dispositivos Google Android. Além disso, entrou em novos negócios – decodificadores de tv, programação original, smartphones 3D -, fez avanços no Kindle e oferece entrega no mesmo dia.
Os critérios da Interbrand para eleger as marcas mais valiosas são: desempenho financeiro dos produtos ou serviços; papel que a marca desempenha ao influenciar a escolha do consumidor e o poder que a marca possui para comandar preços premium, gerar lealdade ou garantir os lucros da companhia. O ranking detalhado pode ser conferido em bestglobalbrands.com.
Compartilhe
Veja também
Riachuelo e sua trajetória com o esporte e a ginástica
Marca, que desenvolveu os uniformes do Time Brasil nos Jogos Olímpicos, cria nova linha com as ginastas medalhistas como embaixadoras
Festivais e cultura negra: a importância e os desafios das iniciativas
Afropunk, Batekoo e Boogie Week redefinem o mês da Consciência Negra mas ainda encontram dificuldades em estabelecer relações com marcas