Marcas pressionam e NBA expulsa cartola

Meio & Mensagem
29 de abril de 2014 - 6h34

A NBA suspendeu o dono dos Los Angeles Clippers, Donald Sterling, por toda a vida, além de multá-lo em US$ 2,5 milhões por seus comentários racistas. A decisão foi tomada após toda a comoção nacional com o caso – e após dois dias de patrocinadores abandonando a equipe em meio a disputa da série final de jogos (playoffs) do torneio. Foi solicitado também que o conselho de executivos da entidade máxima do basquetebol americano exija a venda da franquia para novos donos.

“As opiniões expressas por Sterling são profundamente ofensivas e nocivas”, afirmou Adam Silver, executivo nº1 da NBA. “O fato de terem partido de um proprietário de uma equipe da NBA apenas aumentam o prejuízo e minha revolta pessoal.”

Desde a segunda-feira 28, 13 marcas, de Mercedes-Benz a Diageo, retiraram ou suspenderam ações de marketing associadas ao time de Los Angeles. Nessa terça-feira 29, o McDonald’s anunciou que, em caráter de urgência, retiraria seus comerciais de TV dos intervalos da transmissão do jogo entre Clippers e Golden State Warriors, na TNT.

David Levy, presidente da Turner Broadcasting, dona da TNT, confirmou que os anunciantes “estão deixando o jogo desta noite de lado”. E acrescentou: “com sorte, Adam Silver conseguirá persuadir os anunciantes a voltar atrás, após essa resposta enérgica.”

A pronta e severa resposta de Silver, em grande parte, foi para acalmar os ânimos dos parceiros comerciais da NBA. Enquanto as marcas associadas aos Clippers debandaram, patrocinadores da liga afirmaram ao Ad Age que estavam à espera das conclusões da investigação.

“Isso tudo aconteceu em três dias. Por isso, espero que não haja prejuízo de longo prazo para a NBA ou os Clippers”, disse Silver. “Nossos parceiros de marketing deveriam julgar as nossas ações”.

De acordo com o Instituto pela Diversidade e Ética no Esporte, 78% dos jogadores da NBA são afro-americanos.

Com informações do Advertising Age e da Bloomberg