A Amazon não desistiu do Brasil
Maior varejista eletrônica do mundo completa 20 anos com ações globais e diz que mantém o foco no mercado brasileiro
Maior varejista eletrônica do mundo completa 20 anos com ações globais e diz que mantém o foco no mercado brasileiro
Luiz Gustavo Pacete
23 de julho de 2015 - 7h46
Após várias tentativas e datas de estreia adiadas, a Amazon finalmente iniciou a venda de itens físicos no Brasil, no caso o Kindle, em 2014. Para muitos fãs da marca que esperavam comprar eletrodomésticos, brinquedos e outros itens, a espera se prolongou. Na ocasião, o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, deixou claro que a estreia das vendas de livros digitais não significava necessariamente o primeiro passo para a chegada de outras operações. Ao completar 20 anos de sua criação e com uma série de ações de aniversário no mundo, a Amazon reforçou ao Meio & Mensagem seu objetivo atual no Brasil:“Amazon.com.br o consumidor brasileiro é o foco e queremos ser reconhecidos como o destino para quem busca livros, sejam eles físicos ou digitais, nacionais ou importados, e para quem adota a leitura digital com a família de e-readers mais vendida do mundo, Kindle”.
Motivos para estar aqui com toda a força não faltam. De acordo com o E-bit, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 35,8 bilhões em 2014 e deve continuar crescendo acima de 30%. Ainda que não venda outros produtos, o site está formatado para tal. A lista de desejos, por exemplo, ferramenta do site americano da Amazon, já está incorporada à versão brasileira. Para a Amazon, mesmo em ano de crise, o consumidor brasileiro continua sendo importante. Por outro lado, os próprios consumidores se perguntam quando a empresa estará com tudo no País. Muito já se falou sobre o tema, que a empresa chegaria ao Brasil via aquisição, que o principal problema para operar no Brasil eram as taxas e impostos e a estrutura logística. Porém, até agora, nada ficou comprovado. A Amazon enfrentou grandes obstáculos para se instalar no Brasil, inclusive das editoras que temiam a redução de preços de seus livros.
A verdade é que em outros mercados como Europa e China a Amazon seguiu o caminho da aquisição. As ações de aniversário de vinte anos da marca, na semana passada, que também aconteceram no Brasil e permitia a compra de itens com descontos de até 80% deixaram um gosto de quero mais. De acordo com a empresa, o principal resultado dessa campanha foi mostrar aos brasileiros a filosofia da empresa. “Desde que lançamos a Amazon.com.br, implementamos os conhecimentos acumulados de quase 20 anos de experiência da Amazon. Nossa inovação é na maneira como nos comunicamos com o cliente”
A Amazon sabe que o Brasil quer mais e os brasileiros sabem que a empresa pode surpreender, resta saber quando isso acontecerá. Claramente, a empresa não desistiu. Ela, inclusive, chegou a oferecer vagas no Brasil indicando que poderia expandir sua operação para produtos físicos no futuro. "Tudo o que a gente faz, a gente aprende. Estou aprendendo hoje sobre livros digitais e sobre o consumidor brasileiro. A partir de amanhã, eu vou aprender como fazer meu produto físico chegar do ponto A ao ponto B", disse Szapiro em entrevista à Reuters assim que começou a vender o Kindle no Brasil.
Enquanto ela não chega com tudo ao Brasil, veja alguns fatos importantes sobre a empresa no mundo:
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