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Você concorda com o presidente da Vivo?


10 de agosto de 2015 - 8h30

Na semana passada, Amos Genish, presidente da Vivo, deu uma declaração na ABTA 2015, evento do setor de TV paga, classificando o WhatsApp, aplicativo de troca de mensagens do Facebook, como “pirataria pura”. Genish disse que a ferramenta só funciona no Brasil por que existe falta de regulação fiscal e jurídica. "Não tenho nada contra o WhatsApp. É uma ferramenta muito boa, mas precisamos criar regras iguais para o mesmo jogo", disse. "O fato de existir uma operadora sem licença no Brasil é um problema", reforçou, em alusão ao aplicativo.

Na visão do executivo, o WhatsApp, na prática, funciona como uma operadora e em nada se diferencia da Vivo, Claro, TIM e Oi, logo, deveria estar sob as mesmas regras e licenças para prestar serviços no País sendo regulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Genish disse que jamais fará parcerias com o WhatsApp. "Nunca vai acontecer", disse. "Não combina com a gente e espero que outras operadoras acordem para não cooperar com uma empresa que viola as leis brasileiras." 

Não é a primeira vez que empresas de telecomunicações criticam empresas conhecidas por determinada inovação ou ruptura. Em 2008, o YouTube virou alvo já que os vídeos publicados na plataforma demandaram aumentos nos investimentos de estrutura de tráfego pelas empresas comprometendo o retorno financeiro. No Brasil, o WhatsApp possui mais de 50 milhões de usuários e está para a Vivo como o Uber está para os taxistas ou o Airbnb para os hotéis. O comentário de Genish também ilustra a dificuldade dos órgãos regulatórios de lidar com a tecnologia e isso não é apenas no Brasil. Algumas tecnologias que geram controvérsias. 

wraps

WhatsApp 

O que faz: Oferece troca de mensagens via aplicativo e também chamadas.

Com quem compete: Operadoras de telecomunicações que comercializam serviços de voz e dados.

Quem regula? As teles questionam por qual motivo a empresa não é regulada pela Anatel, já que oferece os mesmos serviços.

Snapchat 

O aplicativo permite a troca de fotos os e vídeos que permanecem visíveis por no máximo 10 segundos. Rivaliza diretamente com o WhatsApp.

Periscope 

O que faz: Permite a transmissão, ao vivo, por qualquer usuário, de um evento, show ou atividade. 

Com quem compete: Supostamente com empresas de conteúdo que vão de emissoras de televisão e transmissoras de eventos de show e entretenimento. 

Uber

O que faz: Permite que usuários se organizem na oferta de mobilidade urbana, porém, também vem sendo usado por motoristas autônomos como uma espécie de serviço alternativo de táxi.

Com quem compete: Diretamente com os taxistas e as cooperativas de táxi.

Quem regula? É de competência da Prefeitura que recolhe impostos e fiscaliza os serviços.
 

Airbnb

O que faz: Site de hospedagem em que usuários pessoa física oferecem estadias para pessoas em busca de acomodações.

Com quem compete: Diretamente com as redes de hotéis. 

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