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Mídia

Aol lança no Brasil pacote de publicidade digital

Estratégia de retorno da marca mostra força da Verizon, que também está de olho em ativos do Yahoo


8 de maio de 2016 - 6h42

(Crédito: Gino DePinto/AOL)

(Crédito: Gino DePinto/AOL)

A Aol anuncia seis ferramentas de publicidade digital para o mercado brasileiro em evento para agências, anunciantes e publishers nesta terça-feira, 10. A novidade é consequência de uma série de acordos costurados pela empresa, que vem observando o mercado brasileiro há pelo menos dois anos.

A volta da Aol ocorre de forma diferente à sua primeira investida no Brasil, quando tentou se firmar como provedora de acesso no início da internet brasileira. À época, disputou território com players fortes como UOL e iG, sem sucesso. Até mesmo nos Estados Unidos, sua sede, a empresa teve de se reinventar a partir da popularização da banda larga e da queda de audiência dos portais de conteúdo.

Grande parte desse redirecionamento da marca Aol para a construção de plataformas de publicidade digital e de grandes verticais de conteúdo se deve a Tim Arstrong, seu CEO desde 2009. Egresso de uma carreira próspera como presidente do Google para as Américas, ninguém entendeu muito bem sua mudança de rumos naquele momento, quando o gigante das buscas crescia aceleradamente e o portal, então associado ao conglomerado Time-Warner, estava em queda. Tim reuniu confiança do mercado e liderou a empresa em uma nova fase, ganhando ainda mais crédito após a aquisição por US$ 4 bilhões da Verizon, há um ano.

Hoje, sua intenção é disputar mercado com Google e Facebook e, para isso, o Brasil é, segundo ele, essencial. “Numa economia global como a nossa, cada vez mais clientes demandam por soluções em escala, e sob este ângulo, há meia dúzia de mercados essenciais para escalar uma operação, e o Brasil é um deles”, afirma Tim.

De olho no Yahoo
A Aol traz ao País tecnologias como a Millenial, que comercializa inventário mobile e já está presente em 36 milhões de smartphones brasileiros, graças a 70 mil aplicativos com os quais a empresa já mantem negócios no exterior, também disponíveis no País. Executivos da Aol já têm realizado road shows com agências brasileiras para demonstrar as ferramentas da plataforma, que também reúne soluções para criação de campanhas.

Tim Armstrong, CEO da AOL, fala no upfront de 2016 da empresa (Crédito: Bennett Raglin/ Getty/ AOL/ Divulgação)

Tim Armstrong, CEO da AOL, fala no upfront de 2016 da empresa (Crédito: Bennett Raglin/ Getty/ AOL/ Divulgação)

A solução veio junto à aquisição, por US$ 238 milhões, da startup Millenial Media, em setembro do ano passado. A empresa já detinha amplo conhecimento, tecnologia avançada e grande alcance de inventários mobile, impulsionados ainda mais pela força da Aol e da Verizon. Boa parte do portfólio da empresa foi se construindo a partir da compra de soluções terceiras, área na qual investiu cerca de US$ 1 bilhão nos últimos cinco anos.

Muitas dessas ferramentas chegam ao Brasil dentro da plataforma One by Aol. Uma das soluções em vídeo é oferecida em conjunto com a Roix, parceria já firmada em território nacional há um ano. Outro novo produto é decorrente da aquisição do Vidible, chamada agora de One by AOL: Publishers. A tecnologia permite que um veículo disponibilize seus vídeos digitais para uma espécie de agenciamento em rede, na qual sites menores sem uma estrutura de produção, podem replicar conteúdo de seu interesse.

Um dispositivo é capaz de identificar os temas tratados em determinado texto para fazer uma busca indexada de vídeos relacionados. Em vez de se pagar por assinatura ou conteúdo utilizado, como se faz com agências de notícias, as receitas são divididas conforme a venda de publicidade, oferecida dentro da própria One. A ferramenta Publishers possui ainda dispositivos de customização, de regularização de streaming e de equalização de preço para venda programática.

Há ferramentas dirigidas à marketplace, ad server e display, entre outras. Vídeo e mobile são os objetivos principais desses lançamentos. Para aumentar seu alcance, o crescimento orgânico é importante, mas novas aquisições não saem de vista. “Temos essa estratégia de chegarmos a 2 bilhões de consumidores até 2020. Hoje, alcançamos cerca de 700 milhões. Aquisições também ajudam nisso, então se o Yahoo estiver mesmo se predispondo, nós temos interesse”, afirma Tim sobre a oferta pública de ativos da empresa da CEO Marissa Mayer. A Verizon desponta à frente na shortlist de compradores.

A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1709, de 9 de abril, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.

*O jornalista viajou a Nova York a convite da Aol.

**Esta nota foi atualizada foi atualizada em 10 de maio, às 14h42. A versão anterior contava 7 mil aplicativos que já são clientes da plataforma Millenial no Brasil, quando na verdade são 70 mil.

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