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Mídia

Zuckerberg: “os mais afortunados têm de ajudar”

Em entrevista à Fast Company, criador do Facebook diz que notícias falsas deveriam ser autorreguladas pelos usuários


11 de abril de 2017 - 18h19

A união entre movimentos sociais e negócios sempre foi uma via de mão dupla na internet, ainda mais intensificada quando se busca criar uma comunidade global e democrática. Mark Zuckerberg não vê a questão como um empecilho para seu trabalho. Em entrevista à revista Fast Company, o criador do Facebook fala sobre suas falas recentes, o combate a notícias falsas e liberdade de expressão. Confira alguns destaques da entrevista a seguir:

Apoio a causas sociais
MARKEm 16 de fevereiro de 2017 foi marcado por uma nova carta de Zuckerberg em seu perfil. O post reiterava os princípios do Facebook de criar uma comunidade global e democrática. Na entrevista à Fast Company, ele justifica aquela carta com a globalização, que tornou as vozes mais altas, portanto é necessário usar essa oportunidade e uma infraestrutura global para lutar contra os maiores desafios da humanidade, como terrorismo ou as crises de refugiados, impasses que um país não consegue resolver sozinho. Ele destaca que apesar de o Facebook não promover ações sociais concretas, ele investe na Iniciativa Chan-Zuckerberg, fundação sem fins lucrativos criada por ele e Priscilla Chan, sua esposa, que tem essa finalidade.

“Eu acho que na sociedade em geral, as pessoas mais sortudas, afortunadas e estão numa posição em que podem ajudar outras pessoas têm a responsabilidade de fazê-lo”

Notícias falsas e conteúdos proibidos
Zuckerberg diz saber que ninguém gosta de ser enganado pela manchete ou receber notícias falsas, porém é uma questão de liberdade de expressão. “Você dá às pessoas uma voz e depois entende quais são as implicações e trabalha para resolver. Dar mais voz para a maioria das pessoas pode te levar a coisas contraditórias”, diz. Ainda sobre as publicações na rede, Zuckerberg explica que, embora o Facebook já trabalhe com a jurisprudência local para vetar o que é fora da lei em diferentes países, ele propõe um modelo em que os próprios usuários votariam para decidir o que é enganoso ou impróprio. Acredita que esse tipo de decisão cabe mais à base de 2 bilhões de usuários, do que a um grupo de executivos num escritório.

Tecnologia ao redor do mundo e plataforma colaborativa
Sobre comunidades que ainda não tem acesso a tecnologia avançada, ele considera que desenvolver um produto que contribui para a globalização e conexão, mas não atinge a todos, é um trabalho insustentável. “Eu acho que na sociedade em geral, as pessoas mais sortudas, afortunadas e que estão numa posição em que podem ajudar outras pessoas têm a responsabilidade de fazê-lo (…) e ter a certeza que seja para todos, porque essa é a única maneira de realmente funcionar”, argumenta. Ele também incentiva a aplicação dessas ideias em questões globais já que, segundo ele, o declínio da infraestrutura social das comunidades foi menosprezado nos últimos 40 anos.

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