Facebook defende parceria com agências de checagem no Brasil
Diante de críticas por parte de movimentos de direita, rede social afirma que as agências são certificadas e auditadas por uma instituição internacional apartidária
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Luiz Gustavo Pacete
21 de maio de 2018 - 8h13
Dez dias após assinar um acordo com agências especializadas em checagem de fatos no Brasil, o Facebook se posicionou defendendo a parceria. Nas redes sociais, pessoas contrárias as agências afirmaram que elas eram partidárias, inclusive, o Movimento Brasil Livre (MBL).
De acordo com a rede social, as agências verificadoras das chamadas fake news são certificadas e auditadas por uma instituição internacional apartidária. As parcerias foram fechadas entre a plataforma e as agências Lupa e Aos Fatos.
Emitido na noite da sexta-feira, 18, o comunicado do Facebook diz que a rede social está comprometida em combater a desinformação, motivo pelo qual lançou a ferramenta. Segundo a nota, as agências de checagem de dados fazem parte da International Fact-Checking Network (IFCN), organização que atesta o compromisso dos checadores com a “imparcialidade” e “transparência” de suas metodologias.
“O Facebook é um espaço para todas as ideias, mas não para a disseminação de notícias falsas. Nos últimos dias, nossos parceiros no Brasil têm sido alvo de ataques pelo trabalho que estamos fazendo para ajudar a construir uma comunidade melhor informada. O trabalho deles é checar fatos, não ideias. Condenamos essas ações e seguimos comprometidos em trabalhar com organizações reconhecidas”, disse o Facebook.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também repudiou as reações à checagem dos fatos. Segundo a organização, os colaboradores das agências de fact-checking têm tido seus perfis “vasculhados e expostos em montagens” com o objetivo de vinculá-los a uma ideologia.
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“Em sua primeira checagem de conteúdo no Facebook, nossos parceiros na Agência Lupa atestaram que era falsa uma notícia de que uma vacina contra gripe estaria causando um ‘surto mortal’ nos Estados Unidos. No momento da verificação, o conteúdo já tinha milhares de interações na nossa plataforma. O exemplo acima é uma demonstração da importância do trabalho feito pelos verificadores de fatos. Eles funcionam muitas vezes como um serviço de utilidade pública”, diz o Facebook, em nota.
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