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Mídia

Facebook fez US$ 16 bilhões em publicidade no 2º tri

Valor, 28% maior do que o mesmo período do ano anterior, compensa parte das perdas bilionárias de caso envolvendo privacidade de dados


25 de julho de 2019 - 12h59

*Com informações do AdAge

 

A FTC aprovou um acordo de US$ 5 bilhões em multas com o Facebook (crédito: iStock)

No segundo trimestre deste 2019, o Facebook arrecadou US$ 16,6 bilhões via receita publicitária, 28% a mais do que o mesmo período do ano anterior, segundo comunicação aos acionistas publicada nesta quarta-feira, 24. Os lucros, no entanto, foram afetados, uma vez que US$ 2 bilhões foram destinados a despesas legais atribuídas às negociações com a Comissão Federal de Comércio (FTC, sigla em inglês), órgão de defesa do consumidor dos Estados Unidos. O motivo foi o uso indevido de informações pessoais dos usuários, pelo qual a FTC aprovou um acordo de US$ 5 bilhões em multas para a plataforma. Além disso, os órgãos reguladores impuseram medidas de supervisão severas.

Ainda neste mês, em comunicado, assinado pelo vice-presidente jurídico Colin Stretch, responsável por supervisionar a equipe de advogados da rede social, o Facebook informou que pretende introduzir mais controles técnicos à plataforma, adotar novas abordagens capazes de documentar com mais detalhes as decisões da empresa, revisar os sistemas da rede social e criar um comitê de supervisão, que a cada trimestre deve garantir que o programa em prol da proteção de dados está agindo corretamente.

Os bons resultados publicitários do Facebook, bem como a resolução do episódio relacionado à Cambridge Analytica, deu aos investidores mais confiança em relação à plataforma.

Trabalho árduo

De acordo com Brian Wieser, presidente global de inteligência de negócios do GroupM, grupo de investimentos em mídia, a rede social ainda deve enfrentar um cenário desafiador. “O Faceebok será limitado em muitos níveis. Isso é inevitável”. O novo contrato da Comissão Federal de Comércio, por exemplo, determina que o desenvolvimento de tecnologia de reconhecimento facial da plataforma, assim como a criação de qualquer novo produto, precisa respeitar fielmente questões de privacidade.

“A privacidade é mais central do que nunca”, disse Mark Zuckerberg, chief executive officer (CEO) da rede social, nesta quarta-feira, 24, depois de anunciar o acordo com a FTC e antes de divulgar os resultados trimestrais. Em teleconferência com o Wall Street, feita após comunicado de receita publicitária, o Facebook reconheceu que novas restrições podem prejudicar as vendas de anúncios e alertou os investidores de que as limitações na coletas de dados dos usuários e as novas medidas de privacidade, vindas do Google e da Apple, afetam o rastreamento online via navegadores e, consequentemente, a publicidade digital no final deste 2019.

Embora o caso da Cambridge Anlytica pareça resolvido, há mais investigações relacionadas à plataforma pela frente. Nesta semana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou que estava averiguando práticas anticompetitivas entre Facebook, Google, Amazon e Apple.  “O Facebook, assim como o Google, a Apple e a Amazon, serão mais cautelosos na busca de iniciativas corporativas”, diz Brian.

*Crédito da foto no topo: divulgação

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