No Brasil, compra de mídia crescerá quase 9%
Investimento em publicidade, neste ano, será maior do que a média global, de 3%, impulsionado por formatos digitais e televisão
No Brasil, compra de mídia crescerá quase 9%
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Karina Balan Julio
4 de fevereiro de 2020 - 7h00
O investimento em publicidade no Brasil deve crescer quase 9% em 2020, de acordo com o mais recente levantamento “Global Ad Spend Forecasts”, do grupo DAN, que leva em conta relatórios de investimento em 59 países. A projeção de crescimento para o País, de 8,9%, é maior do que a média global, de 3,9%, e um pouco menor do que a média da América Latina, de 9,5%. Globalmente, o investimento em publicidade deve movimentar US$ 615 bilhões.
A publicidade será impulsionada principalmente por eventos como as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio, a Liga dos Campeões da UEFA, eleições presidenciais nos Estados Unidos e municipais no Brasil. O grupo DAN projeta que os Jogos Olímpicos, particularmente, terão efeito sobre o investimento publicitário no País. “A programação de anúncios pode mudar devido às diferenças de fuso horário, com muitas finais previstas para o prime-time”, antevê Eduardo Bicudo, CEO do grupo DAN no Brasil.
Assim como outros países vizinhos e mercados da Ásia-Pacífico, o Brasil está vendo a aceleração do investimento em formatos digitais, mais consolidados em mercados desenvolvidos. A aposta em formatos mobile terá um salto este ano, de 8,8%. Atualmente, anúncios mobile representam 67% do investimento total em digital no Brasil. “Os constantes investimentos para melhorar a experiência do usuário em dispositivos móveis, com interfaces mais amigáveis e recursos de ativação por voz, impulsionam o aumento nesse meio”, justifica Eduardo.
A adesão de ativações de voz e assistentes pessoais como Siri, Google Assistente e Alexa também incentivam maiores esforços dos anunciantes em dispositivos móveis, embora tragam maiores desafios do ponto de vista de planejamento. “As marcas devem ter em mente que a preparação para a pesquisa por voz é diferente da pesquisa via texto. A pesquisa por voz mostra menos resultados, e por isso precisa de mais adaptação por parte dos anunciantes”, diz o CEO.
Considerando todos os países levantados pela pesquisa, a publicidade digital deve crescer 10% este ano – representando 45% do investimento dos anunciantes. Em 2021, espera-se que o digital passe a representar 50% desse total. Dentro dessa categoria, destacam-se mobile e video, com projeção de 16% e 14% de crescimento em 2020, respectivamente.
A televisão, por sua vez, deve manter cerca de um terço (31,5%) da participação nos investimentos globais em publicidade, crescendo 0,6% neste ano. No Brasil, porém, espera-se que o investimento cresça até 9,5%, motivado por eleições municipais, eventos globais e a chegada de um novo canal aberto, a CNN Brasil.
O DAN também prevê aumento no investimento em anúncios programáticos, inclusive em mídias mais tradicionais como TV e rádio. “Há um enorme espaço para o crescimento programático no Brasil, e a tendência é que migre para outros meios”, afirma Bicudo.
O estudo ainda faz projeções iniciais para 2021. No ano que vem, o ritmo de investimento deve ser mais tímido, com projeção para crescer 3,4% no Brasil.
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