Público autodeclarado gamer cresce 7,1%, de maioria feminina
Pesquisa Game Brasil 2020 mostra que os e-sports são conhecidos por 65,6% dos jogadores no Brasil, destes, 44,7% afirmam ser praticantes
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Luiz Gustavo Pacete
3 de junho de 2020 - 14h08
Um crescimento de 7,1% no público que se considera gamer. Essa foi uma das constatações da sétima edição da Pesquisa Game Brasil. O levantamento, realizado pela Sioux Group através da unidade de negócios da Go Gamers ESPM e a Blend New Research, ouviu 5.830 pessoas em 26 estados mais o Distrito Federal durante o mês de fevereiro. De acordo com o estudo, 73,4% dos brasileiros jogam jogos eletrônicos.
Games e música revivem combinação histórica
A principal faixa etária de jogadores no Brasil é de adultos de 25 a 34 anos, representando 33,6% de todo o público. Em seguida aparecem os jovens de 16 a 24 anos (32,5%). Mulheres continuam sendo a maioria: elas representam 53,8% do total de jogadores. A plataforma preferida do brasileiro para jogar é o celular, com 86,7%, à frente do videogame (43,0%) e do computador (40,7%). Os e-sports são conhecidos por 65,6% do público gamer no Brasil, destes, 44,7% afirmam ser praticantes.
“Alguns hábitos que já apresentavam tendência de crescimento em relação ao ano anterior, como conhecimento e consumos dos e-sports, cresceu 6,7% e jogar diariamente, podem ter acelerado ainda mais em detrimento das atuais medidas de isolamento social”, diz Lucas Pestalozzi, presidente da Blend New Research.
O estudo mostra que os gamers brasileiros se dividem em dois grupos: 67,5% que não se consideram gamers e 33,5% que se consideram. O primeiro foi caracterizado como o “gamer casual”, uma maioria que possui o hábito de jogar, porém em menor tempo e frequência. O segundo grupo foi caracterizado como o “gamer hardcore”, que tem o jogo digital destacado em seus hábitos de consumo e dentro de suas preferências.
Entre os casuais, as mulheres lideram por mais um ano de pesquisa, com 61,9% desse público sendo feminino. Os homens, por sua vez, se identificam mais com o perfil hardcore, com 61,3%. Do ponto de vista de mercado, o hardcore gamer possui uma população menor, mas muito relevante e engajada: jogam três vezes ou mais por semana, em sessões que duram por volta de 3h.
“Ser um ‘hardcore gamer’ tem mais a ver com a importância dos games na vida do jogador, e não necessariamente está relacionado à quantidade de horas jogadas”, explica Guilherme Camargo, sócio-CEO do Sioux Group. “Um bom exemplo seriam as pessoas em idade adulta, que trabalham e têm menos tempo para jogar, mas nem por isso deixam de consumir games e se dedicar a esta atividade”, acrescenta.
Hábitos de consumo
A pesquisa também revela que os hardcore gamers consomem mais alimentos do que os casuais durante as sessões (79,3% e 66,4%, respectivamente). O primeiro grupo divide o tempo de jogo com o consumo de três categorias de alimentos: salgadinhos/snacks (37,6%), refrigerante (37,3%) e sucos (34,9%). Já os casuais consomem duas categorias durante as partidas, preferindo também os snacks (33,3%), mas votando pelos chocolates e doces em segundo lugar (29,0%).
Veja o infográfico divulgado pela Pesquisa Game Brasil com alguns destaques do estudo:
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