Com evento adiado, Parada LGBTQIA+ terá transmissão virtual
Doze canais no YouTube transmitirão simultaneamente entrevistas, curiosidades e apresentações musiciais
Com evento adiado, Parada LGBTQIA+ terá transmissão virtual
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Thaís Monteiro
11 de junho de 2020 - 11h37
Desde 2018, o Dia Estúdio e o YouTube se unem à Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT/SP) anualmente para realizar uma transmissão ao vivo do evento, assim como entrevistas em colaboração com diferentes criadores de conteúdo e artistas que se fazem presentes no evento. Com a pandemia, a parada deste ano, que aconteceria no domingo, 14, foi adiada para novembro. No entanto, as empresas e a associação decidiram manter a live prometida para o dia do evento entre 14h e 22h.
A produção acontecerá de forma remota. A Dia Estúdio enviará equipamentos para participantes da live e haverá entrevistas com convidados, pocket shows e programetes sobre a história da Parada do Orgulho LGBTQIA+ e grandes personalidades LGBTQIA+. A transmissão ocorrerá simultaneamente durante oito horas nos oito canais apresentando o evento (Diva Depressão, Lorelay Fox, Mandy Candy, Jean Luca, Nátaly Neri, Louie Ponto, Spartakus Santiago e Canal das Bee), nos canais da Dia Estúdio, da APOGLBT/SP, do próprio YouTube Brasil e no de Daniela Mercury, uma das apresentações musicais confirmadas.
“Queremos muito transpor o que acontece na Avenida Paulista para a transmissão”, afirma Rafa Dias, CEO da Dia Estúdio. Para isso, a transmissão também terá participação de grupos específicos, como do grupo Mães Pela Diversidade, de mães de pessoas LGBTQIA+, e apresentações musicais, como de Daniela Mercury e Gloria Groove. Artistas internacionais também estão confirmados para ceder entrevistas, como Mel C, ex-integrante do grupo Spice Girls, que veio à parada em 2019. Katy Perry também participa com um depoimento enviado em vídeo.O tema da Parada este ano é democracia, por conta do cenário político e social atual. Durante a live, também haverá informações sobre a pandemia e os métodos de prevenção. Parte da iniciativa é para arrecadar fundos para a associação, que tem na monetização do evento sua maior obtenção renda do ano. “Com a postergação do evento ao vivo e com muita coisa para acontecer até lá, achamos que ficar sem essa exposição e sem dar essa voz para os criadores criaria uma lacuna muito grande. Seria até um retrocesso para dar protagonismo para essas pessoas”, coloca Danilo Ancete, gerente de projetos comerciais do YouTube Brasil.
O Bradesco é o patrocinador exclusivo de mídia da transmissão. “Estar presente nesta edição da live da parada, para nós, é uma evolução importante do trabalho com consistência que estamos desenvolvendo junto ao público em torno de conceitos como diversidade e inclusão, pilares que sempre marcaram a atuação do banco”, comenta Márcio Parizotto, diretor de marketing do Bradesco. De acordo com o executivo, mais que unir vozes diversas e plurais com o mesmo propósito, essas oito horas de transmissão garantem abertura de um espaço de diálogo que tem como meta principal o respeito.“Para nós, LGBTQIA+s, o isolamento não é novidade, de certa forma. E a transmissão da parada sempre foi um fator importante para pessoas que nunca foram ao evento físico, até para iniciar a conversa sobre o tema em casa. Esse papel social tem que se manter”, diz Rafa.
**Crédito da imagem no topo: Mercedes Mehling/Unsplash
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