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Google impulsiona e-commerce para competir com Amazon

Companhia anunciou o fim das tarifas para os varejistas que anunciam na plataforma Google Shopping, nos Estados Unidos


24 de julho de 2020 - 9h38

(Crédito: Tevarak/iStock)

O Google lançou nesta quinta-feira, 23, uma iniciativa para fazer frente à Amazon na disputa pela atenção dos consumidores de marketplaces. A proposta da companhia é se tornar, nos Estados Unidos, a primeira plataforma a qual as pessoas recorrem quando querem pesquisar um produto ou uma marca na internet.

O Google declarou que irá eliminar as taxas cobradas aos varejistas ao permitir que os usuários comprem produtos online diretamente no Google Shopping. Esse movimento é um dos mais recentes feitos pela empresa para se mostrar mais atrativa (e mais barata) aos varejistas e anunciantes que desejam expor seus produtos e ofertas no buscador.

Embora seja o número 1 em termos de busca em todo o mundo, o Google quer ampliar sua participação na rotina dos consumidores dos Estados Unidos. De acordo com pesquisa feita no ano passado pela CivicScience, metade dos estadunidenses declaram que, que quando começam a buscar algum produto ou serviço na internet, consultam primeiramente à plataforma da Amazon. Nessa pesquisa, apenas 22% das pessoas declarou que o Google é o seu ponto de partida na hora de pesquisar itens de compras.

Embora o Google Shopping já exista há alguns anos, apenas recentemente a companhia começou a tomar medidas para tornar a ferramenta mais atrativa aos anunciantes. Até então, para listar seus produtos na plataforma que permitia a compra direta, os anunciantes tinham que pagar taxas que, algumas vezes, alcançavam até 12% do valor do produto. Agora, a companhia abre mão dessas cobranças e já começa a listar produtos de forma gratuita.

Em termos de volume, no entanto, o Google Shopping ainda está muito longe de alcançar as dimensões da Amazon. A plataforma de compras do buscador tinha 3700 lojas cadastradas no final de 2019 – algo bem distante dos mais de 3 milhões de vendedores ativos cadastrados na Amazon na época, segundo dados da Marketplace Pulse.

Essa iniciativa do Google em impulsionar os negócios no Google Shopping acontece em um momento em que a Amazon começa a ser questionada justamente pelas taxas cobradas dos anunciantes e empresas que negociam em sua plataforma. Até 40% de cada dólar em vendas gerado pelos anunciantes da Amazon pode ficar com a plataforma, seja com a cobrança de taxas de armazenamento ou para impulsionar as empresas no marketplaces.

De acordo com Bill Ready, presidente do Google Commerce, a empresa está empenhada em acelerar a divisão de vendas online por conta do aumento da demanda gerada com a pandeia da Covid-19, que fez com que muitas empresas tivessem apenas a internet como um canal para levar seus produtos e serviços aos consumidores. Os usuários do Google já possuem, inclusive, ferramentas e filtros para selecionar comércios e pontos de venda locais e em suas proximidades ao fazer buscas.

Ready não comentou diretamente a respeito da concorrência com a Amazon, mas declarou que a proposta do Google é tornar os negócios online mais fáceis e mais rentáveis para os vendedores. A empresa também anunciou uma integração com a Shopify Inc. e com a PayPal Holdings Inc para ajudar seus anunciantes a gerenciarem os estoques e comercializá-los diretamente no Google.

Com informações do Advertising Age

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