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Aos 15 anos, canal Terraviva quer atrair público urbano

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Aos 15 anos, canal Terraviva quer atrair público urbano

Maria Cristina Bertelli, diretora executiva, fala sobre as recentes movimentações da emissora, que incluem novos programas e parceria com a rede RFD TV, dos Estados Unidos


21 de agosto de 2020 - 16h04

Maria Cristina Bertelli, diretora executiva do canal (Crédito: Kelly Fuzaro/Divulgação/Band)

Mostrar a todos os públicos – e não somente aos produtores rurais e profissionais da área – a importância do agronegócio para a economia e sociedade brasileira é a proposta atual do Terraviva, canal do Grupo Bandeirantes que completa 15 anos de fundação neste mês de agosto. Para marcar a data, a emissora fez duas movimentações. A primeira foi a parceria com o canal de TV dos Estados Unidos Rural Media Group, que permitirá a exibição no Brasil de rodeios internacionais.

O Terraviva também aproveitou o mês para lançar novas atrações em sua grade, como os programas Bem da Terra e Dia a Dia Rural. “Na nova programação do Terraviva estamos trabalhando quatro pilares: a agropecuária brasileira, o povo brasileiro representado pelo produtor rural, a gastronomia brasileira e a agrovenda, que é nosso principal produto, com leilões, programas de vendas e shoppings”, comenta Maria Cristina Bertelli, diretora executiva do canal.

Na opinião da executiva, a transformação digital e seus impactos no universo do agronegócio vem sendo o principal elemento da história recente do canal, que se posiciona como uma janela de comunicação para o produtor nacional e para as pessoas envolvidas no agronegócio.

Na entrevista abaixo, Cristina fala sobre os desafios e perspectivas do canal e revela o anseio do Terraviva de atrair, também, o público das cidades. Veja:

Meio & Mensagem: Quais foram as principais transformações pelas quais o Terraviva passou nesses 15 anos?
Maria Cristina Bertelli: Nesses 15 anos, o canal passou por várias transformações. A transformação digital foi uma dela. Os leilões, que há 15 anos eram, em sua maioria, presenciais, gradualmente foram se transformando em virtuais, e, neste ano, foi a grande virada. Estamos com 100% dos leilões virtuais. Saímos da parabólica analógica e fomos para a digital, crescendo muito em distribuição. Entramos na NET/Claro e na Oi e até o final de 2020 estaremos também na Vivo. Tivemos mudança de grade, estreamos programas novos, contratamos novos apresentadores e colunistas de renome, como o ex-ministro Roberto Rodrigues, e percorremos todos os Estados brasileiros. Cobrimos centenas de feiras e eventos nacionais e internacionais. Nestes 15 anos, saímos sempre em defesa do produtor rural brasileiro e ficamos ao seu lado para fortalecer o agronegócio.

M&M: Como você define a programação e o público-alvo do canal?
Cristina: Na nova programação do Terraviva, estamos trabalhando quatro pilares: a agropecuária brasileira, o povo brasileiro representado pelo produtor rural, a gastronomia brasileira e a agrovenda, que é o nosso principal produto, com leilões, programas de vendas e shoppings. Nosso público alvo é o produtor rural brasileiro, mas também queremos chegar ao público urbano com o objetivo principal de mostrar que o Brasil produz os melhores produtos, com altíssima qualidade e segurança alimentar, que chegam a mais de 160 países e que temos que ter orgulho dos nossos produtos e da vocação que o nosso país tem para alimentar o mundo.

M&M: De que forma o canal vem procurando acompanhar a evolução do segmento do agronegócio e dos temas relacionados ao meio-ambiente para incorporá-los em sua programação?
Cristina: O crescimento do agronegócio brasileiro nos últimos anos impressiona e chama atenção como nunca antes acontecia. Os holofotes estão voltados para o agro, principalmente internacionalmente. Nesses 15 anos, apresentamos pesquisas, variedades e tecnologias que fizeram o Brasil ser respeitado por todo o mundo e também por todos os nossos parceiros comerciais. O Brasil tem 66% do território preservado, temos as leis ambientais mais rígidas do mundo, e o canal Terraviva tem por obrigação mostrar isso e os bons exemplos da agropecuária brasileira para o nosso telespectador. Temos quadros e programas especiais que falam sobre meio ambiente, legislação ambiental e sustentabilidade.

M&M: Como se desenrolou a parceria com a RFD TV? Além dos programas já previstos, é possível que o Terraviva também exiba outros conteúdos do canal?
Cristina: A RFD TV é nossa parceira desde a estreia do canal, mas estamos ampliando muito a parceria, trazendo documentários inéditos, produzidos por eles. Além disso, incluímos o Cowboy Channel, que também pertence ao grupo. A ideia é trazer para o telespectador um pouco do estilo de vida do produtor rural americano, com programas como American Rancher, FarmHer, Succesfull Farming e também os melhores rodeios americanos, além do programa Special Cowboy Moments. Além dos documentários, faremos um boletim semanal ao vivo dentro do noticiário da RFD TV, com um resumo das principais notícias do agronegócio brasileiro.

M&M: De que forma o Terraviva vem utilizando os meios digitais e redes sociais para se engajar com seu público-alvo?
Cristina: A programação do canal Terraviva é transmitida ao vivo 24 horas através do nosso portal e do nosso app. Além disso, leilões e programas especiais são transmitidos ao vivo também pelo Youtube e Facebook. Este ano, estamos trabalhando incansavelmente para que o nosso público possa interagir conosco sempre pelas redes sociais. Nossos principais apresentadores fazem lives semanalmente pelo Instagram e antecipam as novidades do dia através das nossas redes sociais, e tivemos um crescimento significativo nas redes sociais do canal nos últimos seis meses.

M&M: Quais são as perspectivas do canal para os próximos anos?
Cristina: O Terraviva já se posicionou com um dos principais veículos do agronegócio brasileiro. Queremos trazer também o público urbano para o canal. Para isso, estamos ampliando o nosso conteúdo de entretenimento, com mais gastronomia e música. A Catia Fonseca (apresentadora da Band) terá um programa especial no qual irá receber empresários e líderes do agronegócio para que cozinhem e falem de forma mais coloquial sobre o agro brasileiro, que é tão importante para o nosso país. Além, claro, dos documentários do Smithsonnian Channel, que têm afinidade com o nosso setor.

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