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Com Trump suspenso, redes se atentam aos discurso de ódio

Presidente norte-americano foi permanentemente suspenso do Twitter; ação reverberou em outras plataformas


11 de janeiro de 2021 - 11h43

Conta de Donald Trump foi suspensa na sexta-feira, 8 (Crédito: Reprodução/ AdAge)

Com informações do AdAge

O embate entre o presidente norte-americano Donald Trump e as redes sociais ganhou uma nova página na última sexta-feira, 8. O Twitter suspendeu permanentemente a conta do republicano de sua plataforma. Na semana passada, Facebook, Instagram e Snapchat também baniram as contas do presidente em suas redes por tempo indeterminado. Já o Twitter, até então, estava bloqueando as postagens de Trump, até tomar a decisão de suspender a conta pessoal do presidente.

A medida do Twitter foi tomada após Trumop usar as redes sociais para elogiar seus apoiadores que invadiram o Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, durante reunião para validação da vitória de Joe Biden, na última quarta-feira, 6. Cinco pessoas morreram no protesto.

Após a suspensão permanente de sua conta no Twitter, Trump tentou escapar da proibição usando o perfil @POTUS, um canal oficial do governo. A tentativa, no entanto, não deu certo e o Twitter removeu as novas publicações do presidente. A suspensão permanente é a penalidade mais severa da rede social. No mesmo dia, em um comunicado, a plataforma justificou a ação.

“Após uma revisão detalhada dos recentes tweets da conta @realDonaldTrump e o do contexto em torno deles, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência”, escreveu a equipe de segurança do Twitter. Segundo os termos da plataforma, o usuário suspenso não pode usar outras alternativas para acessar o Twitter, por isso as postagens na conta @POTUS foram removidas. A conta oficial da presidência dos Estados Unidos no Twitter será entregue ao presidente eleito Joe Biden após sua posse, marcada para o próximo dia 20.

Mas, para além disso, o movimento realizado pelo Twitter parece ter incentivado uma onda de ações contra a esfera conservadora nas redes sociais. Na sexta-feira, 8, o Reddit, um site dedicado a fóruns controlados por usuários, baniu uma comunidade de apoiadores do presidente chamada “DonaldTrump”.

Enquanto isso, Google e Apple anunciaram a remoção de suas lojas de aplicativos da rede social Parler, que se tornou um refúgio para apoiadores da extrema direita, que costumam propagar teorias da conspiração e que teria sido decisivo para organização do protesto que invadiu o Capitólio. A Amazon também anunciou neste fim de semana que vai desalojar o aplicativo de seus servidores.

*Crédito da foto no topo: DKosig/iStock

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