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WhatsApp adia mudança na política de privacidade

Plataforma reconheceu falha na comunicação e quer dar mais tempo para os usuários compreenderem a mudança


18 de janeiro de 2021 - 13h37

O WhatsApp anunciou na última sexta-feira, 15, que está adiando a mudança em sua política de privacidade. No início do mês a plataforma começou a exigir que seus usuários aceitem os novos termos de compartilhamento de dados com o Facebook para seguir usando a rede de mensagens. Inicialmente, a medida passaria a valer já no dia 8 de fevereiro. Porém, a companhia voltou atrás e adiou a mudança para o dia 15 de maio.

Principais mudanças serão nas contas comerciais (Crédito: Divulgação)

A empresa justificou a decisão, afirmando que os usuários precisam de mais tempo para compreender melhor o muda na nova política de privacidade. Na última semana, o “ultimato” criado pela plataforma gerou reações negativas e um crescimento no número de usuários de plataformas concorrentes como Signal e Telegram.

A companhia também reconheceu um erro na maneira como escolheu comunicar a mudança. “Ninguém terá sua conta suspensa ou excluída em 8 de fevereiro. Também faremos muito mais para esclarecer a desinformação sobre como a privacidade e a segurança funcionam no WhatsApp. Iremos às pessoas gradualmente para que revisem a política em seu próprio ritmo antes que novas opções de negócios estejam disponíveis em 15 de maio”, afirmou a empresa, em comunicado.

O que, de fato, muda?

A política conta com novidades sobre a maneira como a plataforma compartilha dados com o Facebook, dono do aplicativo. Entre contas normais, a rede social continuará usando criptografia de ponta a ponta e as mensagens não poderão ser lidas pelo Whatsapp, Facebook ou qualquer outro terceiro. No entanto, essa empresa deixa de garantir essa segurança para contas comerciais.

Isso acontece porque, em contas comerciais, muitas vezes, os atendentes não respondem por meio de um celular, mas por ferramentas que gerenciam os chats. Essas ferramentas são vendidas por empresas de tecnologias. Com esse terceiro elemento na equação, o Whatsapp não seria capaz de garantir a criptografia.

Mas, a partir de agora, o Facebook também vai oferecer esse tipo de hospedagem e a mudança na política prevê que os dados usados nessa interação podem ser usados pelas empresas para direcionar anúncios. Além disso, o texto também prevê a coleta de dados que não estavam presentes na versão anterior, como carga da bateria, operadora do celular e outros e uma atualização no trecho sobre dados de localização.

*Crédito da foto no topo: Pixabay

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