Globo e Google Cloud firmam parceria em busca de escala
Acordo prevê que o Google Cloud seja provedor de soluções em nuvem e catalisador de inovação para Globo
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Thaís Monteiro
7 de abril de 2021 - 11h00
Os dias em que era necessário deslocar caminhões com infraestrutura para locações e estádios ou contratar novos softwares e data centers para cada nova demanda de produção de conteúdo estão acabados. Ao menos para a Globo. Nesta quarta-feira, 7, o conglomerado de mídia e o Google Cloud, divisão de nuvem do Google, anunciam uma parceria de sete anos que visa acelerar a transformação digital da Globo como mediatech, fazê-la ganhar escala e tornar a união um case de inovação no setor de produção de conteúdo e entretenimento.
Com negociação iniciada há um ano, a parceria visa atender algumas demandas da Globo, que já é cliente do Google. Entre elas: acesso a produtos em escala e oferecer melhor experiência para o telespectador unindo a experiência instantânea da TV aberta e a personalização das experiências digitais. O acordo prevê a migração de processos das plataformas e produtos tradicionais e digitais da Globo, como Globoplay, G1, GE.com e Gshow, e do data center completo da empresa para o Google Cloud para maior agilidade da produção de conteúdo e distribuição.
Além disso, o Google Cloud fará uso de inteligência artificial, machine learning e análise de dados para melhor compreensão dos comportamento do público da Globo, o que ele precisa e como ofertar soluções novas. De acordo com Eduardo Lopez, presidente de Google Cloud para a América Latina, fazer análises baseadas apenas no histórico do cliente é coisa do passado. “Eles vão ter mais tecnologia para subsidiar o modelo mediatech. A parceria tem como meta a criação de coisas novas, trabalhar projetos de inovação. Vamos dar a possibilidade da Globo fazer planejamento para o futuro sem se preocupar com a infraestrutura”, conta.Raymundo Barros, CTO da Globo, exemplifica usos da tecnologia. Segundo ele, a demanda tecnológica da empresa varia muito ao longo do ano. Durante o Big Brother Brasil, por exemplo, a quantidade de votos por minuto, tempo de tela e outros indicadores aumentam. Nesta temporada, especificamente, a empresa teve que remanejar estrutura própria para permitir uma operação dos seus produtos de forma estável, como o Globoplay, que teve momentos de instabilidade no início da edição.
“Quando você vai para a nuvem, há um alisamento natural de capacidade. Não é um projeto de eficiência, mas há um ganho de eficiência que torna a tomada de decisão mais rápida, além de ter maior escala e velocidade. São seis milhões de pessoas que acessam nossas propriedades e o objetivo é permitir que nós entreguemos a melhor experiência e conveniência para cada um deles”, explica.
Google e Globo se unem pela primeira vez
“Se nossa área de canais deslumbrar a oportunidade de criar um canal sazional, para fazer isso seguindo processos tradicionais, eu levaria de três a quatro meses para ele se tornar operacional, no mínimo. Eu teria que comprar todos os softwares e equipamentos e, com o fim do canal, eles ficariam parados até um próximo projeto. Agora eu coloco no ar em questão de dias com o sistema de nuvem e não preciso comprar toda essa infraestrutura, pois a nuvem funciona como serviço”, afirma.
Outra realização resultante da parceria é a união do broadcast e broadband nos aparelhos Android TV. De acordo com os executivos, o usuário de tais aparelhos agora podem estar assistindo ao BBB, por exemplo, e, ao final do programa ao vivo, o televisor sugere que o cliente continue assistindo ao reality pelo Globoplay com um simples clique. “O Globoplay é nosso carro chefe na oferta de streaming e a experiência broadcast e broadband tem que ocorrer de forma integrada e fluida. Hoje, 60% do tempo de consumo ocorre em TVs conectadas. A Android TV passa a ter o conceito do Globoplay nativo”, explica o CTO da Globo. Ele também acredita que essa integração pode trazer novos modelos de publicidade.
A pandemia, inclusive, foi um fator que contribuiu para aceleração dos processos. Além de permitir a menor exposição de colaboradores, o momento tornou urgente a aceleração dos processos digitais do cliente. Para Lopez, a pandemia também inaugurou uma nova fase dos sistemas de nuvem. “A primeira onda começou com uma série de negócios migrando do TI, porque o processo era muito demorado. A segunda onda aconteceu quando as áreas de TI começaram a usar o Cloud buscando reduzir custo, mas sem se preocupar com melhorias. Isso não tem impacto na transformação de negócios. Nesses acordos nós buscamos auxiliar não só o cliente acelerar seus processos, mas também contribuir para melhorar o negócio dele”, diz Lopez.Como reforçado pelo presidente do Google Cloud, a oportunidade é, na verdade, uma forma de agregar valor e modernizar o negócio do cliente em cocriação. Ao mesmo tempo, a experiência permite que a divisão obtenha mais conhecimento sobre o segmento de produção de conteúdo e entretenimento.
**Crédito da imagem no topo: Divulgação/Google Cloud
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