Verizon Media lança solução cookie-less
Solução Next-Gen usa dados como clima, localização e tipos de dispositivos usados pelo usuário
Solução Next-Gen usa dados como clima, localização e tipos de dispositivos usados pelo usuário
Thaís Monteiro
21 de maio de 2021 - 6h00
Desde que as leis de privacidade de dados entraram em vigor, parte do mercado tem se mobilizado para criar alternativas aos cookies de terceiros. A partir disso, a Verizon Media apresenta o Next-Gen. O produto é um conjunto de soluções para anunciantes e publishers que não faz uso de cookies ou identifica o público em nível de usuário e sim dados em tempo real, como clima, localização e tipos de dispositivos usados pelo usuário, que alimentam algoritmos de machine learning. Tais dados permitem que a empresa infira sobre quem são os clientes e oferece contexto para os anúncios.
O nome da solução se refere a próxima geração de tecnologias e recursos criados para pautar as soluções de publicidade digital. Ela ainda conta com recursos de criação de audiência (Next-Gen Audiences), mensuração (Next-Gen Measurement) e compra (Next-Gen Buying).
O Next-Gen Audiences potencializa sinais contextuais em tempo real com demográficos, interesses, receita, look-alike e audiências preditivas já existentes e define um público-alvo com auxílio do machine learning para garantir desempenho e precisão em campanhas. O Next-Gen Buying é integrado a DSP da Verizon Media e promete uma entrega de forma ágil, com otimização de campanhas com lances inteligentes. Já o Next-Gen Measurement visa combinar a metodologia de mensuração da Verizon Media, baseada em dados proprietários (first party data), com soluções de terceiros, fornecidas por navegadores e sistemas operacionais, já que a tendência é de que o fim do cookies de terceiros deverá tornar a mensuração limitada e dificultar a compreensão da jornada do cliente.
Ivan Markman, Chief Business Officer (CBO) da Verizon Media, aposta no ecossistema de plataformas de conteúdo e tecnologia da empresa para defender que eles serão capazes de compreender o comportamento do público e ajudar a conexão deles com as marcas de forma relevante, útil e sem a necessidade de identificadores tradicionais. Por mais que a segmentação contextual tenha sido ofuscada por alternativas mais mensuráveis, como os próprios identificadores, Markman acredita que elas estão mais aprimoradas do que em décadas atrás, pois usam mais informações em tempo real e a tecnologia aproxima-se mais fielmente do público que visa atingir.
“Eles poderão simplesmente continuar a comprar audiências da mesma forma que estão acostumados, sem qualquer interrupção do serviço – ao mesmo tempo que atendem aos novos padrões de privacidade”, defende. “O mercado não precisa ser convencido porque sabe que a era sem identidade está chegando”, propõe.“À medida que as empresas digitais e os governos no mundo respondem com mudanças de políticas e novas regulamentações, estamos no ponto crítico de como o ecossistema digital de hoje opera. Em suma, se a indústria não encontrar soluções melhores para o mundo sem cookies, corremos o risco de impactar significativamente os usuários, publishers e anunciantes e, como resultado, o setor econômico e as comunidades que ele apoia. Para anunciantes que desejam preparar seus negócios para o futuro em um futuro com restrições de identidade, soluções inovadoras para inventário não endereçável são uma necessidade, não uma escolha”, explica.
**Crédito da imagem no topo: David Yu/Pexels
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