Games: a nova fronteira do digital out-of-home
Neooh integra jogos eletrônicos ao seu inventário na tentativa de aproveitar a expansão da indústria de entretenimento
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BuscarNeooh integra jogos eletrônicos ao seu inventário na tentativa de aproveitar a expansão da indústria de entretenimento
Bárbara Sacchitiello
25 de agosto de 2021 - 6h00
Antes da pandemia alterar a dinâmica de todos os segmentos de negócios do País, o meio out-of-home era, entre os veículos de comunicação, o que apresentava maior taxa de crescimento em relação à atração de verbas publicitárias. Em 2019, o setor havia movimentado no Brasil a quantia de R$ 1,84 bilhão em compra de mídia, uma quantia 33% maior do que o ano anterior. A pandemia, naturalmente, freou o ritmo de crescimento, mas o setor encerrou 2020 detendo 8,6% de toda a verba investida em publicidade no Brasil, o que deixa o meio atrás apenas da TV aberta da internet no recebimento das cifras dos anunciantes.
O histórico recente do setor fez o segmento avançar na profissionalização de seus serviços e, sobretudo, na tecnologia utilizada para a criação de telas, painéis, mobiliários e outras interfaces de exposição das marcas dos anunciantes e de conteúdo ao público. A partir de agora, o setor pode ganhar um avanço ainda maior ao se aproximar da indústria que cresce de forma mais rápida no universo do entretenimento.
Nesta semana, a Neooh, empresa brasileira do segmento de OOH, anunciou que integrará seu inventário de telas ao universo dos games. Por meio de uma parceria com a PMP.BID, empresa do Grupo Logan especializada em soluções de mobile martech, smart data e publicidade em games, a Neooh passa a oferecer aos anunciantes, além das telas que já possui em aeroportos, terminais rodoviários e outros pontos de grande circulação, a opção de veicularem suas campanhas também dentro do universo dos jogos eletrônicos.
Para a companhia, a chegada no mundo dos games é mais um passo de um processo de integração de seu inventário com a mídia mobile geoposicionada. Na prática, a pretensão da companhia é integrar o mundo físico do OOH com uma plataforma digital que permite aos anunciantes uma veiculação publicitária mais próxima à da mídia digital, com mais possibilidade de segmentação, mensuração de resultados e de alterações de rota.
Uma vez que as pessoas entram em contato com as telas ao saírem na rua, circularem nos transportes públicos e se depararem com telas de grandes formatos, era natural, na visão da empresa, que esse contato também pudesse ser estendido ao ambiente dos games, que cada vez vem ganhando mais atenção dos consumidores – e mais investimento das marcas. De acordo com o relatório Global Market Games, da Newzoo, a indústria de jogos eletrônicos deve encerrar o ano de 2021 com 3 bilhões de jogadores ativos em todo o mundo e, em 2024, a previsão é de que essa indústria movimente, globalmente, cifras em torno de US$ 218 bilhões.
Leonardo Chebly, CEO da Neooh, explica que a aproximação da companhia com o universo dos games não é um projeto pontual. “Essa solução passa a ser nativa em todas as nossas propostas, assim como já fizemos com a mídia geoposicionada”, pontua. O executivo explica que, ao fazer um plano de veiculação de uma campanha no meio OOH, o anunciante pode definir a idade, perfil e hábitos das pessoas que deseja impactar e quais os tipos de games em que acredita que poderá ter mais adesão junto a essa audiência. Chebly destaca um dado da Pesquisa Games Brasil desde ano que aponta que 57,8% do público gamer está na faixa dos 24 aos 39 anos e que 19% dos jogadores têm mais de 40 anos. “Isso demonstra um perfil muito bem distribuído na classe economicamente ativa”, acredita.
Por enquanto, a solução da Neooh contempla mais de 100 games no inventário – entre eles, o Pro Evolution Soccer (PES) 2021, House Party, Mortal Kombat, Bob Esponja, Family Island, Zombie Tsunami, Sniper 3D, Cooking Diary e Fruit Ninja. A ideia, segundo o executivo, é ampliar esse leque com a inclusão de outros jogos, por meio da parceria com a PMP.BID.
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