Compartilhamento vetado: o que muda com a nova regra da Netflix?
Plataforma de streaming cobrará pela adição de contas de usuários que residam em casas diferentes; testes começam no Chile, Costa Rica e Peru
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Meio & Mensagem
17 de março de 2022 - 15h11
Nessa quarta-feira, 16, os assinantes da Netflix se preocuparam com uma nova diretriz anunciada pela plataforma. Em comunicado, a empresa disse que não permitirá mais o compartilhamento de conta entre usuários que residam em endereços diferentes.
A prática de dividir assinatura tornou-se comum no universo dos serviços de streaming. O hábito, no entanto, parece estar desagradando a companhia. “Sempre tornamos fácil para as pessoas que vivem juntas compartilharem suas contas na Netflix, com ferramentas como a separação de perfis e streams múltiplos nos nossos planos standard e premium. Embora tenham se tornado bem populares, eles também criaram uma confusão a respeito de quem e como a Netflix pode ser compartilhada”, escreveu a empresa.
A companhia argumentou que essa divisão do uso da assinatura por várias pessoas estaria causando problemas. “Como resultado, [as contas] vêm sendo compartilhadas entre diferentes casas – impactando nossa habilidade de investir em grandes produções de TV e filmes para nossos membros”, pontuou.
Cobrança extra
A plataforma de streaming explicou que os usuários que residem em diferentes endereços e que queiram utilizar a mesma conta terão de pagar uma taxa adicional por isso. “No último ano, trabalhamos para encontrar maneiras de que os membros que compartilham a assinatura em casas diferentes encontrem um jeito fácil e seguro de fazer isso, mas pagando um pouco a mais”, declarou a Netflix.
Essa nova regra começará a ser aplicada nas próximas semanas, como teste, para os assinantes da plataforma no Chile, Costa Rica e Peru. Nesses países, os detentores de planos standard ou premium poderão adicionar contas “extras” em sua assinatura para liberar o conteúdo a até duas outras pessoas, que residam em outros endereços. Cada uma dessas contas terá um login e senha personalizados e pagará uma taxa específica para esse acesso ‘extra’. No Chile, por exemplo, o custo será de 2,380 pesos chilenos e, na Costa Rica, o valor será equivalente a US$ 2,99.
A Netflix explica que os atuais membros poderão fazer a transferência de contas das pessoas com quem já compartilham a assinatura para essa modalidade de ‘acesso extra’, preservando as informações de acessos e preferências de consumo de conteúdo.
A empresa não avisou quando pretende estender a nova regra para outros mercados, incluindo o brasileiro. Por enquanto, nada muda para quem utiliza os serviços da plataforma de conteúdo. Trabalharemos para entender a utilidade desses dois recursos para os membros desses três países antes de fazer alterações em qualquer outro lugar do mundo”, declarou a Netflix.
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