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Mais da metade dos influencers brasileiros são afetados por fraudes

Levantamento da HypeAuditor indica que a principal atividade fraudulenta nos perfis de redes sociais são os comentários inautênticos


7 de junho de 2022 - 6h00

Fake influencers são pessoas reais com perfis nas redes sociais, mas com alguns elementos operados por robôs ou bots, por exemplo, entre comentários e curtidas que simulam um seguidor real. A caracterização foi fruto de análises da HypeAuditor, ferramenta que realiza a análise de influencers para campanhas de marketing, junto a Apex, agência de comunicação corporativa. O estudo concluiu que, ao todo, 56,24% dos influenciadores digitais do Brasil são impactados por fraudes. 

 

(Crédito: vectormine-shutterstock)

As companhias analisaram mais de 500 mil perfis que contam com mais de 1 mil seguidores no Instagram. A média contrasta com o resultado obtido nos Estados Unidos, que fica em 33,89%.

O número de fraudes é crescente à medida que o número de seguidores aumenta. Os grupos de influencers mais afetados são os que têm mais de um milhão ou entre 100 mil e um milhão de seguidores, com 65,3% e 62,4%, respectivamente. Na sequência aparecem os que têm de 20 mil a 100 mil (59,9%) e 5 mil a 20 mil followers (56,7%). Já os nano-influencers (que tem entre 1 mil e 5 mil seguidores) são os menos impactados por fraudes (52,6%).

A atividade fraudulenta mais notada pela pesquisa são os comentários inautenticos: no geral, 26% dos influencers brasileiros contam com mais de 30% deste tipo de comentário em suas postagens. Estes são caracterizados pela junção de emojis ou palavras como “uau”, “legal”, “incrível”, entre outras, além de menções a outras contas, comentários para participar de sorteios e promoções, por exemplo.

Entre os mecanismos categorizados como frutos de bots, as panelinhas de engajamento (pods, em inglês), são, segundo o levantamento, grupos de discussão privados em plataforms como Facebook e Telegram. O comportamento acontece quando um participante  inclui um link para um grupo de discussão com algum comentário com três ou mais palavras (como curtam, comentem, salvem etc). Em seguida, o mesmo participante rola a conversa para cima para ver os últimos 10 links de outros bloggers a fim de repetir o comportamento com outras publicações. No Brasil, 2,2% dos influenciadores participam das pods.

As companhias alertam para o fato de que muitos dos que se envolvem em fraudes são vítimas de serviços encontrados no Google, que prometem aumentar a popularidade dos perfis. Contudo, isso pode ser feito de forma espontânea. O custo para adquirir mil inscritos – que não são reais – fica entre US$ 25 e US$ 50. 

Os setores que mais sofrem com as fraudes são o de moda (77,9%), modelos (77,6%), beleza (75,6%, estilo de vida (72,9%) e luxo (72,7%). Na contramão, artistas, HQs & desenhos, carros & motos são os menos afetados com atividades fraudulentas nas plataformas, com 34,7%, 36,2% e 39,5%, respectivamente. 

 

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