Novelinhas do Kwai ganham espaço em outras redes sociais
Plataforma de vídeos curtos quer aproveitar repercussão do TeleKwai para parcerias de branded content e projetos comerciais entre creators e marcas
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Bárbara Sacchitiello
13 de julho de 2022 - 6h01
Histórias rápidas, com enredos simples – e permeados, algumas vezes, com lições de moral – e convites para que o público participe do desfecho, dando sua opinião a respeito do destino dos personagens. Esses componentes são os principais ingredientes das novelinhas do Kwai, maneira como ficaram conhecidos os vídeos de dramaturgia postados na rede e que, nas últimas semanas, vem expandindo seu alcance para fora dos limites da plataforma de vídeos curtos.
Lançada oficialmente no mercado brasileiro em abril, TeleKwai é a ferramenta criada pela rede social para estimular a publicação de conteúdos de dramaturgia, geralmente mininovelas e séries, adaptadas ao ambiente de vídeos curtos. As produções podem ter, no máximo, dois minutos de duração e são feitas no formato vertical, de acordo com todo o conteúdo abrigado na plataforma.
De acordo com a rede social, no aplicativo, a tag #TeleKwai, que identifica esse tipo de conteúdo, já reúne mais de 15 bilhões de visualizações e 582 mil postagens. Além disso, o projeto conta com mais de 180 contas ativas gerenciadas por agências, produtores e criadores de conteúdo parceiros do programa da rede social.
Diretor de conteúdos e parcerias do Kwai Brasil, Antonio Abibe conta que a plataforma vê de maneira muito positiva o fato de alguns desses conteúdos estarem sendo replicados em outras redes, como Twitter e Reels (Instagram). Segundo ele, essa repercussão é uma forma de transformar as minisséries e mininovelas em alternativas para quem procura entretenimento e consome conteúdo pelo celular.
“Estamos muito contentes com esse alcance do TeleKwai, pois isso também traz mais visibilidade para o projeto, incentiva os criadores de todos os cantos do País a se tornarem estrelas de suas próprias histórias e ajuda a empoderar cada vez mais a cadeia de produção amadora e semi-profissional”, relata Abibe.
O executivo explica que os criadores de conteúdo são livres para manifestar sua criatividade nas histórias postadas na plataforma desde que, obviamente, respeitem as diretrizes de comunidade da rede social. “O Kwai entende que bons conteúdos são feitos quando se dá voz à liberdade artística dos criadores e produtoras”, destaca o diretor, frisando que a plataforma atua como espécie de consultora, mas que as agências e produtoras parceiras são responsáveis pela gestão, pré-produção, produção e pós-produção dos vídeos.
A ideia de levar o gênero de dramaturgia para o ambiente dos vídeos curtos nasceu na China, país de origem do Kwai e primeiro mercado a contar com o TeleKwai. Para o mercado brasileiro, Abibe conta que foram adaptadas algumas práticas para que o conteúdo postado pudesse abranger a cultura brasileira e atrair o público local.
“Começamos a trabalhar com as primeiras agências e produtoras em 2021 acompanhando a escala de produção e o desempenho necessário para esse novo modelo de entretenimento. Por isso, fizemos um investimento nesta fase e, hoje, continuamos a trabalhar com eles sob diferentes modelos contratuais”, explica.
Se vêm chamando a atenção do público usuário do Kwai e de outras redes sociais, as ‘novelinhas’ também começam a chamar a atenção dos anunciantes. Abibe conta que o Kwai está em fase de conversas para lançar projetos de marca em formatos de mininovela.
O diretor também diz que, nesse formato, naturalmente surgem oportunidades orgânicas de integração das marcas a narrativa, seja através da roupa dos personagens, uso de carros ou do consumo de determinado produto. “Trata-se de uma nova forma das marcas participarem das conversas relevantes para seus públicos. Com isso, temos como propósito oferecer um espaço com alcance nacional, além de possibilitar a geração de branded content e criação de diversos tipos de parceria”, conta.
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