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YouTube: 90% dos usuários se dizem abertos a anúncios

Rede social se vê diante do desafio de acompanhar a busca da audiência dos novos formatos e engajar anunciantes ao conteúdo dos creators


23 de setembro de 2022 - 6h01

Com 17 anos de presença no mercado, o YouTube pode ser considerado uma rede social já madura em termos de veiculação e consumo de vídeos. Ao longo desse tempo, outras redes sociais surgiram, bem como as plataformas de streaming, ampliando ao público as possibilidades de consumo de vídeos.

(Crédito: Shutterstock)

Mesmo assim, a rede social acredita que ainda há muito a ser explorado em sua missão de ser um território para criadores de conteúdo desenvolverem seus projetos para uma audiência que continua ávida por se entreter, aprender e se engajar com conteúdo em vídeo.

“Nosso desafio é acompanhar tanto quem já estava no mercado antes de nós, como a televisão, como também observar as empresas que estão chegando, para entender as novas formas pelas quais as pessoas querem e estão consumindo conteúdo”, define Samuel Moreschi, gerente de pesquisas e insights do Google Brasil.

Potencial do YouTube para marcas

Na quarta-feira, 21, o YouTube realizou, em São Paulo, mais uma edição do Brandcast, evento voltado a criadores de conteúdo, agências e anunciantes. Pelo oitavo ano, a R/GA é a agência responsável pela gestão criativa e estratégica do evento. No encontro, a plataforma apresentou os resultados da terceira edição da pesquisa WhyVideo, estudo realizado em conjunto com a Ipsos que procura destacar como os usuários veem a exposição de marcas na rede social e como interagem com o conteúdo dos criadores.

De acordo com o porta-voz do Google, um dos principais insights do relatório é a grande receptividade do público do YouTube em relação aos anúncios. A pesquisa aponta que 90% dos entrevistados se dizem abertos a anúncios de marcas, quando inseridos em algum vídeo que seja pessoalmente relevante. E 85% dos entrevistados afirmaram que a publicidade em vídeo os ajuda a conhecerem e terem contato com novas marcas.

Segundo Moreschi, essa aceitação ao conteúdo publicitário sinaliza, para os anunciantes, a importância de criar mensagens que consigam, de fato, ter conexão com o conteúdo dos criadores, que é a razão principal que levam as pessoas ao YouTube. “O que acaba fazendo a diferença na plataforma é a maneira pela quais os consumidores se engajam com o conteúdo e como se identificam com os criadores. Quando isso é estabelecido, as marcas acabam encontrando oportunidades e fazendo parte daquela jornada de consumo”, analisa.

A pesquisa Why Video apontou, ainda, que 82% das pessoas dizem que a publicidade no YouTube as torna mais propensas a considerar determinada marca ou produto. Além disso, 76% das pessoas afirmam que o YouTube acaba ajudando na decisão de compra.

Histórias e novos formatos

A pesquisa apresentada pela plataforma do Google também apontou que, para 89% dos entrevistados, o conteúdo do YouTube tem potencial de entregar boas histórias. O consumo de vídeo na rede social atende a diferentes funções: 90% dos entrevistados dizem que a rede social é útil para aprender algo novo e 89% se dizem que a rede social os deixa empolgados a continuarem acompanhando os conteúdos e vídeos de criadores.

Para os criadores, entretanto, produzir conteúdo que seja capaz de engajar o público, rendendo views e engajamento, tem se tornado uma tarefa mais complexa diante do surgimento de novos formatos de conteúdo e tecnologia. O porta-voz do YouTube confessa que, tanto para a plataforma quanto para seus creators, têm sido um grande desafio buscar novas maneiras de se conectar com a audiência.

“A tecnologia está aí para mostrar que as coisas podem mudar a qualquer momento, como aconteceu com o grande movimento de consumo de vídeos curtos. O principal desafio e a missão que temos é tentar acompanhar esses movimentos, enquanto nossos criadores têm de encontrar maneiras de se adaptarem a novos formatos”, diz o gerente de pesquisas e insights. Para disputar mercado com o TikTok na área de vídeos curtos, o YouTube criou o Shorts, formato curto e vertical lançado no Brasil em 2021 e, que, desde maio deste ano, passou a aceitar anúncios publicitários.

Apesar de desafiador, o cenário aponta, na visão do executivo, para uma convivência de diferentes formas de consumo. Os usuários, segundo ele, ainda que consumam vídeos mais curtos e dinâmicos, não deixam de, também, prestar atenção em vídeos mais longos.

TVs conectadas

Outra área em que a plataforma enxerga potencial de expansão é no ambiente das TVs conectadas. Samuel Moreschi conta que os dados do Google já apontam que, globalmente, 700 milhões de horas de conteúdo do YouTube já são consumidas nas TVs conectadas. No Brasil, o consumo mensal de conteúdo da plataforma em TVs conectadas chega a 75 milhões de horas.

A pesquisa Why Video também mostrou que 71% consideram o YouTube como uma televisão quando consomem a plataforma nas Smart TVs. A plataforma acredita que esse consumo tende a crescer, uma vez que a compra de uma nova TV está na lista de desejos dos brasileiros para a Black Friday deste ano, ainda mais por conta da Copa do Mundo.

A pesquisa apontou, ainda, que quando questionados sobre o futuro, 85% dos usuários pontuaram que o YouTube terá seu conteúdo favorito.

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