Elon Musk afirma, em carta, ter adquirido o Twitter
Na reprodução da carta dirigida aos anunciantes da rede, magnata explica motivações que o levaram a concluir a aquisição
Elon Musk afirma, em carta, ter adquirido o Twitter
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*Atualizada às 12h33
Nesta terça-feira, 27, os internautas foram surpreendidos com carta aberta endereçada aos anunciantes do Twitter, postada por Elon Musk. O negócio de compra da plataforma estava em andamento e deveria ser concluído em breve. Contudo, ao que indica o posicionamento do CEO da Tesla, a compra parece ter sido concretizada.
Musk explica que há muita especulação sobre os motivos pelo qual optou em realizar a aquisição, mas que a maioria é equivocada. “A razão pela qual adquiri o Twitter é porque acho ser importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum, onde uma ampla gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, diz na carta.
Ainda, cita que, na busca incansável por cliques, a mídia tradicional tem alimentado a polarização de lados extremos à medida em que acreditam que isso traz dinheiro. O magnata reitera que, na verdade, há a perda da oportunidade do diálogo.
Sobre publicidade no Twitter, Elon Musk escreveu: “Também acredito muito que a publicidade, quando feita de maneira certa, pode trazer prazer, entretenimento e informação; pode mostrar um serviço, produto ou tratamentos médicos que você nunca saberia que existem, mas que podem funcionar para você. Para que isso seja verdade, é essencial mostrar aos usuários do Twitter que os anúncios são o mais relevante possível para suas necessidades. Anúncios de baixa relevância são spam, mas os altamente relevantes são conteúdos”.
Musk finaliza o posicionamento explicando que a plataforma deseja ser a mais respeitada no mundo para a publicidade, aquela que fortalece marcas e faz empresas crescerem. “A todos que já tiveram parcerias conosco, obrigado. Vamos construir algo extraordinário juntos”, afirma.
Confira a postagem:
https://twitter.com/elonmusk/status/1585619322239561728
Inicialmente, a proposta de compra da rede social por Musk foi feita em abril. Contudo, os negócios resultaram em uma disputa judicial que estava marcada para começar a ser resolvida nos tribunais dos Estados Unidos em outubro.
A movimentação vem acontecendo desde julho, em que o bilionário desistiu da compra, alegando que a plataforma não cumpriu o acordo de fornecimento de informações sobre a base de usuários falsos ou robôs dentro da rede social. Sabe-se que a proposta de aquisição incluía uma taxa de R$ 1 bilhão no caso de rompimento de acordo para cada uma das partes.
A primeira audiência aconteceria na segunda metade de dezembro após ser adiado. Contudo, no início do mês, a Bloomberg informou que Musk estava disposto a manter a proposta de compra por US$ 44 milhões, o valor inicial da negociação, oferecido no primeiro trimestre de 2022.
Muito já foi dito desde que o anúncio da compra foi feito. A polêmica mais recente envolve a demissão de 75% do quadro de colaboradores do Twitter por Musk. O CEO da Tesla teria desmentido o anúncio — feito por ele no início das negociações — na semana passada, ao dirigir-se aos funcionários no escritório da plataforma em São Francisco, na Califórnia.
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