Meta demite 11 mil funcionários no mundo
Maior corte da história da big tech foi anunciado em comunicado nesta quarta-feira, 9; fundador da companhia se responsabilizou pelas decisões tomadas
Maior corte da história da big tech foi anunciado em comunicado nesta quarta-feira, 9; fundador da companhia se responsabilizou pelas decisões tomadas
Meio & Mensagem
9 de novembro de 2022 - 11h30
Com informações do Ad Age e da Bloomberg
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira, 9, o corte de 11 mil postos de trabalho da companhia, o que representa o maior corte de pessoal da história da big tech.
As reduções, que correspondem a 13% da força de trabalho da empresa, foram oficializadas por meio de um comunicado. A companhia informou, ainda, que congelará as contratações até o primeiro trimestre do próximo ano.
“Quero assumir a responsabilidade por essas decisões e pela forma como chegamos até aqui”, declarou Zuckerberg no comunicado enviado aos funcionários da Meta e, posteriormente, publicado no site da Meta. “Sei que é algo difícil para todos e lamento especialmente por aqueles que tenham sido afetados”, completou.
A empresa declarou que, apesar de as reduções acontecerem em toda a estrutura, a equipe de recrutamento será desproporcionalmente afetada e os times de negócios serão reestruturados de forma “mais substancial”.
A Meta também reduzirá sua estrutura imobiliária, revisará os gastos com infraestrutura e fará a transição de alguns funcionários, com a expectativa de reduzir ainda mais os custos ao longo dos próximos meses.
A companhia, cujas ações caíram 71% neste ano, está tomando medidas para reduzir os custos após sucessivos trimestres de resultados desanimadores e de queda na receita.
A redução, a mais drástica desde a criação do Facebook, em 2004, reflete uma forte desaceleração no mercado de publicidade digital, a economia oscilante e à beira da recessão nos Estados Unidos, além do impulso especulativo de Zuckerberg ao destinar bilhões de dólares na construção do metaverso, a nova realidade virtual que, no ano passado, virou o algo dos negócios da companhia.
No comunicado, Zuckerberg disse que havia antecipado que o aumento do comércio eletrônico e do tráfego na web cresceriam após a Covid-19. “Mas a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda dos anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que o esperado. Eu errei”, admitiu o fundador da Meta.
A Meta se une a uma série de empresas de tecnologia que anunciaram cortes de funcionários nas últimas semanas, além do congelamento das contratações. A Salesforce, fabricante de softwares corporativos, anunciou na terça-feira, 8, o corte de centenas de postos de trabalho nos times de vendas, enquanto a Apple, Amazon e Alphabet diminuíram ou pararam as contratações. O Snap Inc. também declarou, em agosto, que reduziria sua força de trabalho em 20%.
Em um período caótico de demissões iniciado após Elon Musk ter assumido o comando da operação, o Twitter cortou boa parte de sua força global de trabalho na semana. Parte desses profissionais descobriram que haviam sido demitidos ao terem o acesso ao e-mail ou Slack negados.
Na Meta, os profissionais dispensados continuam tendo acesso aos seus e-mails para se despedirem dos colegas, apesar de já terem sido desligados dos sistemas corporativos mais sensíveis, segundo declarou Zuckerberg. Nos Estados Unidos, os trabalhadores demitidos continuarão recebendo seus salários pelas próximas 16 semanas, como indenização, além de duas semanas a mais por cada ano trabalhado na companhia. A empresa ofereceu, ainda, seis meses de cobertura de saúde, bem como serviços de apoio à carreira e imigração. Fora dos Estados Unidos, os acordos tem sido similares.
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