Super Bowl gera clima de feriado nacional
Assim como ocorre no Brasil em final de Copa do Mundo, o torcedor norte-americano torna-se fanático e gasta US$ 11 bilhões na temporada
Assim como ocorre no Brasil em final de Copa do Mundo, o torcedor norte-americano torna-se fanático e gasta US$ 11 bilhões na temporada
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6 de fevereiro de 2012 - 9h59
(*) De Indianapolis, Estados Unidos
Foi ao ar neste domingo, 5, a 46ª edição do Super Bowl, num duelo entre Patriots (de Boston, Massachusetts) e Giants (de Nova York). O vencedor dessa temporada foi o New York Giants. Mas, na cadeia de valor que envolve a National Football League (NFL), os maiores vencedores, de fato, são a TV e os anunciantes. Estima-se que esta edição do Super Bowl gerou US$ 250 milhões apenas em receitas com anúncios. A NBC, que teve os direitos exclusivos para transmissão da final, além de faturar sozinha com os anunciantes, pode ter registrado uma audiência recorde e ultrapassado os 111 milhões de telespectadores do ano passado. Para os anunciantes, a exposição nos intervalos comerciais do Super Bowl são mais importantes do que em qualquer outra ocasião. Em média, as inserções de 30 segundos custam US$ 3,5 milhões (e há marcas que chegam a oferecer US$ 4 milhões para ‘furar a fila’).
– Confira todos os comercias do Super Bowl 2012 clicando aqui
O Super Bowl é o acontecimento esportivo dos EUA assim como seria uma final de Copa do Mundo com o Brasil entre os finalistas. A cidade de Indianapolis, sede desta edição, está lotada. O Super Bowl Village, área central da cidade onde se concentram as principais atrações – o estádio Lucas Oil, as instalações das redes de TV, as atividades relacionadas ao futebol americano e o evento mais concorrido, que é uma tirolesa que atravessa o coração do Super Bowl Village – nos últimos dias, recebeu mais e mais torcedores e, no domingo, estima-se que o entorno do Lucas Oil tenha concentrado mais de 200 mil pessoas. O efeito do Super Bowl acontece em cascata: mais de 5 milhões de pessoas compraram novos aparelhos de TV especialmente para o Super Bowl e, no todo, o consumo relativo à final do futebol americano pode chegar a US$ 11 bilhões (inclui todo tipo de consumo, inclusive turismo, hotel, alimentação e acessórios relacionados à NFL).
A audiência na TV é muito maior do que qualquer outro evento. A título comparativo, uma fala do presidente Barack Obama, na última semana, foi assistida por 38 milhões de telespectadores enquanto os jogos regulares durante da temporada da NFL foram vistos, em média, por 17,5 milhões de pessoas. Pela primeira vez, o jogo final da NFL foi transmitido em streaming de vídeo ao vivo. Isso deve alterar, a partir do ano que vem, o compartilhamento de receitas dos anunciantes.
ESPN Brasil
Pela primeira vez também, a ESPN do Brasil, que detém os direitos exclusivos na TV paga no País até 2015 e que acompanhou a final desde a semana passada, teve duas câmeras exclusivas dentro do Lucas Oil para fazer captações únicas.
Com o apresentador Everaldo Marques, o comentarista Paulo Antunes e o repórter André Kfouri e mais a produção, liderada por Carlos (Tuca) Moraes, a equipe da ESPN Brasil transmitiu um volume de 274 horas da temporada 2011/2012 da NFL (a liga joga por cinco meses até a final, que é o Super Bowl).
Segundo dados da ESPN, a audiência média mais do que dobrou nos canais da empresa na comparação com a última temporada e esta, com crescimento de 170%: entre os jogos da NFL e os programas que envolveram o futebol americano, dados do Ibope indicam que 5,5 milhões de pessoas no Brasil foram impactadas pelas transmissões da NFL. O patrocínio desta edição foi da Volkswagen, Bradesco e Applebees.
Fox Sports
Ao mesmo tempo em que a equipe da ESPN Brasil transmitia e participava da celebração do esporte americano por excelência, a também americana Fox, finalmente, estreava o canal Fox Sports no Brasil. Os executivos do canal fizeram algumas apresentações públicas nas semanas que antecederam a chegada do canal – coletiva de imprensa, festa no Copacabana Palace no Rio e algumas iniciativas para chamar a atenção dos internautas.
Mas, ao contrário do que garantiam os responsáveis pelo canal, o Fox Sports estreou quase escondido: como esperado, as principais distribuidoras de TV por assinatura, Net e Sky, não fecharam contrato para carregar o sinal do Fox Sports (fosse por meio do Speed Channel ou FX, como a Fox queria ou pelo próprio canal Fox Sports.) O canal chegou neste domingo, 5, a partir das 10 horas apenas para os assinantes da Oi TV, TVA, Telefônica e, por fim, pela Nossa TV (empresa de propriedade de R.R.Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus).
*O repórter viajou a convite da ESPN.
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