FHC critica mídia e marketing eleitoral no Brasil
Em entrevista exclusiva ao Meio & Mensagem, o ex-presidente avalia os meios de comunicação e revisita as mudanças do setor durante seu governo
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Meio & Mensagem
16 de julho de 2012 - 9h34
Por Eduardo Duarte Zanelato e Rodrigo Manzano
Fernando Henrique Cardoso – longe do poder executivo há quase dez anos, quando entregou o Palácio do Planalto a Lula, seu sucessor – vem se ajustando ao confortável papel de um pensador das questões prementes do futuro da República, entre elas a descriminalização das drogas, sua principal bandeira. Presidente da República entre 1995 e 2002, foi também ministro da Fazenda, das Relações Exteriores e senador. Sociólogo de formação e professor universitário, FHC, 81 anos, atualmente é, além de presidente de honra do PSDB, do qual foi um dos fundadores e do instituto que leva seu nome, chefe da Comissão Global de Política sobre Drogas.
Em 2012, o Plano Real — primeiro dos passos da recente estabilidade econômica e divisão de renda — chegou à maioridade. Neste ano, completa-se, ainda, uma década da abertura parcial dos meios de comunicação brasileiros ao capital estrangeiro. FHC, que ganhou o Prêmio John W. Kluge, da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos na terça-feira 10, confessa que nem tudo seguiu conforme previsto nas mudanças que implementou na área da comunicação, mas reconhece avanços relevantes do setor. Nesta entrevista discute, entre outros temas, o papel do marketing eleitoral, os conteúdos da mídia e a formação da opinião pública.
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