JT pode acabar no dia de Finados
Direção teria decidido encerrar operações do título paulistano no dia 2 de novembro; Grupo nega
Direção teria decidido encerrar operações do título paulistano no dia 2 de novembro; Grupo nega
Meio & Mensagem
16 de outubro de 2012 - 5h55
Segundo informações que circulam na redação do Jornal da Tarde – confirmadas com três diferentes fontes – o Grupo Estado, enfim, teria decidido qual destino dar ao diário paulistano: o título deixaria de circular a partir do dia 2 de novembro, conforme antecipou Meio & Mensagem. A empresa planeja veicular um comunicado oficial ao mercado publicitário e aos leitores informando o encerramento das operações no dia 29 de outubro. Segundo apurado, o Jornal do Carro – suplemento de maior circulação do JT – deve ser anexado ao Estadão a partir do dia 7 de novembro. O Grupo Estado nega o encerramento das operações e mantém as informações de que o futuro do JT ainda está em estudo. Na tarde desta terça-feira, a redação do jornal solicitou informações à direção.
As especulações sobre a situação do Jornal da Tarde começaram já no primeiro semestre, quando o Grupo Estado anunciou que pretendia fazer uma reformulação editorial e gráfica. O estudo seria, inclusive, encomendado ao estúdio catalão Cases y Associats, responsável por projetos do Estadão e de outros jornais brasileiros. O anúncio foi sendo adiado até que uma das saídas para a redução de custos seria o fim da edição aos domingos. Mais recentemente, o grupo interrompeu a venda de assinaturas, tanto pelo call center do jornal quanto por meio da internet.
Em agosto, a média diária de circulação do jornal foi de 37.778 exemplares, segundo informações do Instituto Verificador de Circulação (IVC). A maior circulação do diário é às quartas-feiras, ao distribuir o Jornal do Carro, e ultrapassa os 50 mil exemplares. Estuda-se que alguns cadernos e seções dos jornais sejam abrigados pelo O Estado de S.Paulo.
Fundado em 1966, o Jornal da Tarde foi um marco no jornalismo brasileiro, ao incorporar um projeto gráfico audacioso, em que o uso de fotografias era mais estimulado, com a adoção de reportagens mais encorpadas e em estilo literário. Concebido por Mino Carta – atual editor da revista Carta Capital -, com o jornalista Murilo Felisberto, o jornal ficou conhecido por abrigar jovens talentos oriundos do jornalismo mineiro.
Alterações
O Grupo Estado vem passando uma série de mudanças estruturais nos últimos meses. Depois do fim do contrato com ex-diretor-presidente da companhia, Silvio Genesini, o membro do conselho de administração e herdeiro Chico Mesquita assumiu o comando do grupo. Foram alterados também os postos de comando em outras áreas estratégicas do Grupo Estado. No final de julho foi anunciado o nome de Christiano Nygaard, que fez carreira no Grupo RBS, como diretor do mercado leitor e operações. Deixaram ainda o Estado, nesse processo de reformulação da área comercial Fábio Costa, diretor de mercado anunciante, substituído por Rogério Gabriel Comprido, e o diretor comercial de mídias digitais, Maurício Palermo, que seguiu para Viacom, substituído por Carolina Tuttoilmondo.
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