Caboré 2012: mídia em destaque

Meio & Mensagem
12 de novembro de 2012 - 4h00

Para conhecer mais dos candidatos ao Caboré 2012, a redação do Meio & Mensagem preparou os perfis de todos os indicados deste ano. Nesta segunda-feira, 12, a vez é da mídia: Profissional de Veículo, Veículo – Mídia Impressa e Veículo – Mídia Eletrônica. O processo de votação, válido para assinantes ativos até 24 de setembro, vai até o dia 30 de novembro pelo site www.cabore.com.br. Os vencedores serão conhecidos em 4 de dezembro.

Profissional de Veículo

– FRED MÜLLER ( GLOBOSAT)
Aos 46 anos e há 20 na Globosat, Müller acumula passagens por algumas das maiores empresas de comunicação do Brasil: as TVs Globo, Record e Bandeirantes, além de TVA, MTV e Editora Três. Esta é a segunda vez que oprofissional é indicado ao Caboré (a primeira foi em 2006). “É uma imensa satisfação saber que nosso trabalho é reconhecido pelos grandes profissionais do mercado.” Müller coordena uma equipe de 150 pessoas nas áreas de planejamento, vendas, operações e novas mídias dos canais Globosat, como GNT, Multishow, SporTV, Rede Telecine. Ele também contribuiu com o lançamento e a consolidação dos canais Viva (sucesso com programação reprisada), Megapix e Gloob (primeiro canal infantil da programadora). Este ano, comandou a comercialização de eventos de porte, caso dos Jogos de Londres. Müller atua ainda em entidades como ABTA, Conar e Cenp.

– MARCELO PACHECO (ESPN)
Atualmente é vice-presidente de marketing e vendas da ESPN. Há cinco anos, quando ingressou na emissora, ocupava o posto de diretor de publicidade. Esta é sua segunda indicação ao Caboré. A primeira não lhe traz boas lembranças. E não porque deixou de ganhar a coruja, mas porque seu pai tinha falecido. Pacheco conta que neste ano ficou emocionado com a indicação. Mas para ele o melhor é saber que, antes de chegarem aos três finalistas, alguém escreveu o nome dele “em um papel em branco”, indicando-o. Outro fator que considera prestigioso é concorrer com profissionais de grandes grupos de mídia. Pacheco acredita que a ESPN foi audaciosa no que se propôs a fazer: por exemplo, a Rádio Estadão ESPN e o projeto para os Jogos de Londres. Aos 42 anos, é formado em engenharia eletrônica, com pós-graduação em marketing e acaba de concluir o Curso Zeus, de preparação para CEOs da FGV e Universidade de Berkeley.

MARIO BACCEI (REDE BANDEIRANTES DE RÁDIO)
Fervoroso defensor do meio rádio, Baccei concorre pela primeira vez ao Caboré. Vice-presidente das rádios do Grupo Bandeirantes desde 2006, ele comanda projetos de expansão da rede em todas as plataformas e da criação de novos conteúdos. Pelas mãos de Baccei passaram o nascimento das rádios customizadas SulAmérica Trânsito e Bradesco Esportes FM. “Estava no Rio comemorando o lançamento da Bradesco Esportes quando fiquei sabendo que havia uma gaiola em minha mesa”, lembra. Ele começou a carreira na Rádio Excelsior e, em 1986, migrou para a Bandeirantes. Agora, o grupo ultrapassa os 130 milhões de ouvintes por meio da Rádio Bandeirantes, Band News FM, SulAmérica Trânsito, Bradesco Esportes FM, Nativa FM, Band FM, Stereo Vale, Educadora FM, Band Vale FM, Ipanema FM e MPB FM, das quais Baccei é responsável. “Fiquei orgulhoso de mim e do meio rádio”, festeja.

Veículo – Mídia Eletrônica

– HBO
Presente em 23 países da América Latina, a rede de canais HBO/Max (que, no Brasil, opera 11 canais de filmes e séries, como Fdp, na foto) fez uma estratégia ousada na divisão de publicidade neste ano. A área de Ad Sales — atuante no mercado há 17 anos e liderada pela diretora comercial Renata Lorena— passou a incorporar outros veículos do portfólio: The History Channel, Biography, A&E e E! Entertainment. A operação do grupo cresceu e houve oportunidade para investimentos como o lançamento do HBO Go, plataforma de vídeos on demand, que permite aos assinantes dos pacotes HD da operadora Sky assistir a milhares de filmes e séries onde quer que estejam. Para o presidente do canal na América Latina, Emilio Rubio, a primeira indicação ao Caboré representa uma grande conquista. “Em um mercado publicitário competitivo igual ao brasileiro, estar entre os três indicados certifica a nossa qualidade.”

– SBT
Em 2012, ao decidir embarcar no Carrossel, a emissora abriu as portas de um de seus mais prósperos períodos. A novela infantil fez renascer o horário nobre do SBT e espalhou a boa audiência para as demais faixas da programação, trazendo de volta algo que a Record havia lhe tirado cinco anos atrás: a vice-liderança no Ibope na média das 24 horas do dia. Em paralelo, a emissora se reaproximou do mercado publicitário, com eventos e premiações para celebrar os profissionais de agências, como o Maior Comercial do Brasil. Como resultado, conseguiu ampliar o faturamento em 13% neste ano, consolidar uma estrutura variada de programação e a chance de retornar à disputa por um Caboré após 12 anos. Para o vice-presidente da emissora, José Roberto Maciel, a indicação coroa um trabalho que vem se moldando há anos e indica que o futuro da SBT, assim como os cenários de Carrossel, pode ser colorido e feliz.

– SPORTV
Nove anos depois de ter conquistado uma “coruja”, o SporTV vem novamente concorrer ao título da categoria. Competição, aliás, foi a palavra-chave do canal da Globosat neste ano. Com câmeras e equipamentos em HD, dezenas de profissionais e a promessa de não deixar nenhum salto, mergulho, gol ou nocaute de fora, o canal desembarcou em Londres para transmitir os Jogos Olímpicos de 2012. E o trunfo do SporTV era a possibilidade de atrair os “órfãos” da TV Globo, uma vez que a emissora havia perdido os direitos de transmissão da TV aberta para a Record. Por duas semanas, os quatro canais SporTV, mais os de alta definição, contemplaram quase todas as competições na capital inglesa. Assim que a tocha olímpica se apagou, os diretores do canal celebraram a audiência conquistada e, logo em seguida, ficaram atentos à torcida do País, com prioridade ao Campeonato Brasileiro de Futebol.

Veículo — Mídia Impressa

– CARAS
A Caras é a segunda publicação do Brasil em audiência. “E também uma das mais rentáveis. Possui o melhor CPM/leitor do mercado”, afirma o diretor de publicidade Arnaldo Rosa. Em janeiro, o título completa 20 anos e chega à edição 1.000. “Será histórica e já é aguardada pelos leitores e anunciantes”. Haverá ainda a 20ª edição da Ilha de Caras, um marco. “Foi a primeira revista a fazer product placement e tudo começou com a ilha”, diz Rosa. A relação com os eventos começou para atender a uma necessidade editorial. “Mas percebemos que havia uma grande oportunidade comercial. A união de celebridades e formadores de opinião com marcas e produtos foi o casamento perfeito.” Ser um dos finalistas surpreendeu. “Veio em boa hora, às vésperas dos nossos 20 anos.”

– O GLOBO
Este ano aconteceu a renovação para O Globo. O novo projeto gráfico foi lançado em julho, quando o jornal completou 87 anos. A mudança não foi apenas gráfica. “Consolidamos a integração das redações, com plataforma integrada (impresso e digital), lançamos produtos digitais e concebemos o novo projeto gráfico”, resume o diretor-geral da Infoglobo, Marcello Moraes. Ele faz uma comparação entre os mercados europeu, americano e brasileiro: “Na Europa e nos EUA, a verba das plataformas digitais não substitui a receita perdida no impresso e, por essa razão, as empresas precisam reinventar-se. O impresso, no País, continua tendo relevância e alta penetração. Há ainda o fenômeno dos populares. As condições econômicas favoráveis permitiram a inclusão de um contingente de novos leitores. Estes títulos internacionais estão de olho nessa força”.

– SUPER NOTÍCIA
É o jornal de maior circulação no País hoje, conforme o IVC. O segredo? “Não teríamos dois milhões de leitores num universo de 3,9 milhões de habitantes da Grande BH se não oferecêssemos algo de útil e agradável”, ressalta a presidente da Sempre Editora, que publica o veículo, Laura Medioli. A publicidade acompanha esse movimento. “A grande circulação do Super atrai para as suas páginas os anunciantes que querem atingir o aumento de suas vendas”, diz. E comemora a indicação: “Estar entre os finalistas nos enche de imensa alegria”. Para ela, a mídia impressa evolui em uma época de surpresas, em que os fenômenos surgem de repente, especialmente na comunicação. “O Super se insere num contexto de aceleração e ampliação social. Sobreviverá apenas quem tiver valor social.”